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Porto. PSP diz que não há indícios de aumento da criminalidade na Baixa

10 ago, 2023 - 17:04 • Lusa

Associações locais têm-se mostrado preocupadas com crescimento do tráfico de droga e da insegurança na zona da baixa. "Os dados referentes à criminalidade não se encontram consolidados", revela a PSP.

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O Comando Metropolitano do Porto da PSP indicou esta quinta-feira não existirem indícios do aumento da criminalidade na baixa da cidade, salientando que aquela zona, sendo das mais movimentadas, tem recebido particular atenção através do reforço do policiamento.

"Os dados referentes à criminalidade não se encontram consolidados. Contudo, de momento não existem indícios do aumento da criminalidade", indicou hoje o Comando Metropolitano do Porto da PSP (COMETPOR), em resposta à Lusa.

Na quarta-feira, a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP) mostrou-se preocupada com o "elevado" crescimento do tráfico de droga e da insegurança na zona da baixa, consequência, defendeu, da inoperância dos ministérios da Saúde e da Administração Interna, aquando do cerco ao Bairro da Pasteleira.

Questionado pela Lusa, a Polícia de Segurança Pública (PSP) salienta que a zona da baixa, "sendo das mais movimentadas e com maior concentração de frequentadores dos estabelecimentos ali localizados, tem recebido uma atenção particular, através do reforço do policiamento", através da presença permanente da PSP, sobretudo através das equipas - dedicadas ao policiamento de visibilidade - criadas em 2022 - na zona da baixa, no bairro da Sé e nas zonas de diversão noturna.

O Comando Metropolitano do Porto dá ainda nota da realização, entre outras, de operações de prevenção criminal, fiscalização de estabelecimentos comerciais e da atividade de segurança privada e combate à permanência ilegal em território nacional, cujos resultados consideram, "positivos".

Entre estes destacam-se "as 59 detenções por tráfico de estupefacientes e as mais de 1.600 doses apreendidas junto do bairro da Sé, no primeiro semestre do presente ano", num total de mais de um milhão de doses de estupefacientes apreendidas no âmbito de operações de combate ao tráfico de droga em vários bairros da cidade do Porto, que culminaram com perto 500 detidos, como revelou, na terça-feira, a comandante do COMETPOR, Superintendente-chefe Paula Peneda, aquando das comemorações do 156.º aniversário daquela estrutura.

Num balanço às operações de combate ao tráfico de estupefacientes nos bairros do Porto, aquela responsável revelou que na Pasteleira Nova foram realizadas em 900 ações de visibilidade, 303 detenções e apreendidas 104.438 doses de droga.

Em Ramalde, contabilizam-se 22 detenções e 1.465 doses de droga apreendidas; no Cerco 73 detenções e 76.096 doses e no Lagarteiro 17 detenções e 1.096 doses de droga.

O Comando Metropolitano do Porto assinala ainda a realização de duas operações policiais conjuntas no dia 15 de abril e 20 de maio, que envolveram, para além do efetivo da PSP do Porto, várias entidades, entre elas, a Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), das quais resultaram detenções pela prática dos crimes de tráfico de estupefacientes, furto por carteirista, apreensão de estupefacientes, armas proibidas, entre outros.

As operações tiveram como objetivo, realça aquela força policial, a fiscalização e prevenção criminal.

Em maio, numa megaoperação nos bairros da Pasteleira Nova e Pasteleira Velha, a PSP tinha já apreendido mais de 62 mil doses de droga (11 quilos de heroína, cocaína, haxixe e anfetaminas) tendo sido detidas 15 pessoas, entre eles o líder de uma das "principais redes de tráfico de droga do Porto", revelou, na altura, a PSP.

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