Trabalhadores dos centros educativos não querem administrar medicamentos

Veja também:

• Justiça. Falta de técnicos nos centros educativos é "problema constante"
• Centros educativos fecham valências por falta de técnicos de reinserção
• Jovens internados nos centros educativos atingem o número mais alto desde 2020

Os trabalhadores dos centros educativos não querem ser responsáveis pela administração de medicamentos aos jovens internados e avançam para o tribunal contra o Ministério da Justiça.

Em declarações à Renascença, o presidente do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços, Miguel Gonçalves, defende que têm de ser os enfermeiros a administrar os medicamentos, e não os trabalhadores, como acontece atualmente.

“A Direção-geral está a incumbir os técnicos profissionais de fazerem a administração da medicação aos jovens internados em centros educativos e isso é uma tarefa claramente dos enfermeiros”, refere o sindicalista.

“Já reunimos com a Ordem dos Enfermeiros que nos emanou um documento onde refere que essas funções são exclusivamente dos enfermeiros, a preparação e a administração da medicação, e inclusivamente não são delegáveis”, sublinha Miguel Gonçalves.

Esta ação em tribunal é só mais uma, diz à Renascença o presidente do sindicato, que acusa a Direção-Geral de Reinserção e Serviços de falta de diálogo.

“Sinalizamos um conjunto de situações que tinham de ser resolvidas e nada é resolvido, não há diálogo nenhum. Tem que ser tudo pelos tribunais, esta é mais uma ação. Já temos seis ou sete”, enumera Miguel Gonçalves.