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Plano de saúde da Câmara de Lisboa chega a 12 mil idosos

04 out, 2023 - 14:36 • Miguel Marques Ribeiro , Liliana Monteiro

"Estado social local" está a substituir o estado central no apoio aos mais vulneráveis, defende o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.

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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou esta quarta-feira que cerca de 12 mil idosos já aderiram ao Lisboa 65+, um plano de saúde gratuito disponibilizado pela autarquia que fornece óculos e próteses dentárias.

O número de beneficiários pode não ficar por aqui. "Esperamos vir a ter mais", acrescentou o autarca à margem da apresentação das obras para o plano de drenagem de Lisboa.

Moedas sublinhou ainda que são sobretudo aqueles que beneficiam do "complemento solidário para idosos" que recorrem ao serviço. "Nessas 12 mil temos sobretudo as pessoas mais vulneráveis".

"As pessoas vêm agradecer esse plano de saúde", garantiu Carlos Moedas. "É o estado social local, é a cidade a ajudar aquilo que é o estado nacional", rematou.

Só na capital, lembrou, há cerca de 100 mil utentes sem médico de família, número que cresce para um milhão se for considerada a região de Lisboa no seu todo.

Manifestações de ativistas são sintoma de "pânico climático"

Carlos Moedas fez também uma referência aos protestos que os ativistas climáticos têm feito na cidade nos últimos dias.

O presidente da autarquia garantiu perceber a angústia dos jovens, mas criticou os políticos que usam o pânico climático como “arma política”.

“Infelizmente os populismos e os extremismos levam muitas vezes à criação desse pânico”, referiu.

“É angustiante ver que os nossos jovens não sentem esperança no futuro e têm que atuar desta maneira”, declarou Moedas, defendendo que “o papel dos políticos é mostrar o que se está a fazer” no combate às alterações climáticas.

O autarca destacou algumas medidas que estão a ser tomadas em Lisboa, como a mudança para led da iluminação pública e a as obras do plano de drenagem que o Presidente da Câmara visitou.

"A culpa é dos políticos"

Carlos Moedas garante que tem a preocupação de tomar medidas de poupança e amigas do ambiente e diz que falta à classe politica passar uma mensagem de ação.

“A culpa é dos políticos. Se os políticos estivessem a dar esperança às pessoas com iniciativas concretas então os jovens sentiam esperança”, mencionou. As pessoas muitas vezes não sabem o que podem “fazer para ajudar. E isso leva a um pânico na juventude”.

"Gostaria de ser um político que transmite aos jovens soluções", disse Carlos Moedas, defendendo que cabe aos políticos mudar a situação. “Quando temos os transportes públicos gratuitos nós estamos a dar um sinal aos jovens de que se andarem de transporte público não pagam e estão a contribuir para diminuir as mudanças climáticas. É nisso que temos que trabalhar”, concluiu.

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