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Obras começaram em 2009

Obras paradas. Escola António Arroio convive com um estaleiro há quase 14 anos

03 mar, 2023 - 20:23 • Fátima Casanova

As obras de requalificação da escola artística, que recebe alunos de toda a área metropolitana de Lisboa, começaram em 2009, mas têm sofrido sucessivos atrasos. Neste momento estão mesmo paradas.

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Em setembro de 2019, a Parque Escolar, a entidade pública promotora, lançou aquela que parecia ser a derradeira empreitada que iria colocar um fim ao longo processo de requalificação da escola artística António Arroio, mas as dificuldades financeiras da Construtura Tâmega, obrigaram a nova paragem.

Foi com tristeza que o diretor da escola Artística António Arroio disse à Renascença que, ainda não foi desta que as obras acabaram.

Rui Madeira salientou que esta última empreitada deveria ter ficado concluída em novembro de 2022, mas a construtora só “conseguiu entregar o bar e o refeitório, que ficam no piso -1”. Ficaram por concluir os outros dois pisos: o zero, onde se situam a galeria de arte e o centro de recursos, e o piso 1, onde fica instalado um auditório com capacidade para 240 pessoas.

Sem perspetivas sobre quando poderão prosseguir as obras, a Parque Escolar mantém diariamente uma equipa de fiscalização na escola, “mesmo que não seja para fazer grande coisa”, como disse o diretor deste estabelecimento de ensino, acrescentando que a permanência de uma equipa de fiscalização deverá corresponder “a um tramite legal, porque a obra não estando concluída, a construtura tem de ter sempre uma equipa de fiscalização nomeada para poder funcionar”, assim que as obras sejam retomadas.

“Estaleiro da obra impede os alunos de ter espaço para conviver”

A associação de pais diz estar muito preocupada com o processo de reabilitação por parte da Parque Escolar e lamenta que não haja “prazo de conclusão à vista”, como disse à Renascença a sua presidente.

Os alunos estão privados de estruturas que os pais consideram “imprescindíveis”. Rita Gorgulho dá como exemplo a falta de um auditório, explicando que “não há acesso ao auditório, apesar dessa parte da obra estar praticamente finalizada e de estar equipado com material técnico que ainda por cima está a ficar obsoleto no seu interior, porque não tem uso”. No fundo, disse a presidente da associação de pais “é como se fosse uma escola de dança, sem palco”.

Rita Gorgulho apontou ainda o facto de a zona exterior da escola estar condicionada, porque “o estaleiro da obra impede os alunos de ter um local fora de portas onde possam conviver”.

Esta responsável avisou ainda que “os equipamentos informáticos da escola estão obsoletos”, explicando que a Parque Escolar equipou a escola quando acabou a primeira fase da obra, em 2011, “mas desde aí o material nunca mais foi substituído”.

Rita Gorgulho disse que “a tutela considerou que os kits informáticos que foram distribuídos pelos alunos de todas as escolas, substituiriam também os das disciplinas técnicas”, mas a realidade é diferente e o que acontece neste momento “é que dentro das salas de aula os alunos não têm equipamento adequado ao software que é necessário, nos diferentes cursos técnicos”.

Esta é também uma das preocupações que a Associação de Pais da escola Artística António Arroio, em Lisboa, partilhou com a Renascença.

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