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Centenas de professores e alunos detidos em São Paulo e no Rio

16 out, 2013 - 11:34

Contestam o novo plano salarial e exigem eleições directas para a escolha do reitor.

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A polícia brasileira prendeu, na terça-feira, 256 professores e estudantes que participaram em manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, estudantes universitários invadiram a reitoria da Universidade, exigindo eleições directas para a escolha do reitor. Dirigiram-se depois ao Palácio dos Bandeirantes (residência oficial do governador Geraldo Alckmin), onde queriam ser recebidos pelo próprio governador, mas a polícia impediu a progressão da marcha.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi convocada pelos professores das escolas municipais e estaduais contra o novo plano salarial, proposto pela prefeitura (câmara municipal) do Rio e já aprovado pelos vereadores.

A manifestação degenerou em violência quando os manifestantes tentaram retirar as barreiras colocadas à frente da Biblioteca Nacional e a polícia tentou impedi-los, disparando balas de borracha. Foram partidos vidros de lojas, um McDonald's  foi saqueado, e alguns caixotes do lixo foram incendiados, descreve a "Folha de São Paulo".

Segundo relata a agência de notícias brasileira Estado, “os confrontos foram tão intensos que barricadas de fogo ardiam quase em frente à Biblioteca Nacional, o maior acervo de livros do país. A 100 metros dali, a escadaria do Teatro Municipal abrigava mascarados que arremessavam pedregulhos e coquetéis molotovs. Em frente, a fachada do Museu Nacional de Belas Artes, que abriga clássicos das artes plásticas nacional, virou ponto de resistência dos manifestantes agressivos”.

“Foi tudo premeditado para que a manifestação não ocorresse”, disse o líder estudantil Pedro Serrano, de 22 anos. “Fomos cercados e reprimidos pela polícia. Jogaram diversas bombas no meio da manifestação”, explicou, acrescentando que foi devido à intervenção da polícia que se refugiaram nas lojas que ficaram danificadas.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, autorizou que a polícia voltasse a usar balas de borracha na semana passada (depois de terem sido vetadas em Julho, na sequência de mortes em manifestções contra os gastos excessivos com os Jogos Olímpicos), quando montras foram partidas em manifestações de estudantes e professores que exigiram melhores condições no ensino.

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