22 fev, 2023 - 23:00 • João Malheiro
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) admite que greve no Hospital de Caxias "é opção em cima da mesa", depois de esta quarta-feira ter decorrido uma reunião com o secretário de Estado da Justiça.
À Renascença, o secretário-geral do SIM aponta para uma situação "gravíssima" no sistema de saúde prisional, ao qual o Governo não tem dado resposta.
Segundo Jorge Roque da Cunha, o governante "aparentemente demonstrou abertura para que os médicos tenham uma carreira semelhante à que existe no SNS".
No entanto, não há razão "para estar seguro, porque palavras são muitas".
"A greve é a última das últimas armas de pressão e alerta, mas, naturalmente, é opção em cima da mesa. Há quatros anos que avisamos, sem qualquer tipo de resposta", aponta.
O SIM diz que o Governo nada fezo desde os alertas iniciais a janeiro de 2019 e a situação, nos últimos meses tem piorado.
Roque da Cunha refere "o aumento da pressão dos doentes psiquiátricos no sistema prisional" e a sobrelotação geral do sistema, "o aumento de doentes imputáveis que não têm resposta" em instituições dedicadas à saúde mental.
"E, por outro lado, dada a pressão, dado o excesso de trabalho, houve dois médicos psiquiatras que saíram. E, durante estes anos, não houve a contratação de qualquer médico. Não vamos lá com prestadores de serviço", indica, ainda.
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