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FNE avança com nova greve dos professores a 8 de fevereiro

25 jan, 2023 - 06:37 • Pedro Valente Lima

Anúncio de greve surge depois de um parecer negativo da Federação Nacional da Educação sobre as propostas de João Costa.

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A Federação Nacional de Educação marcou nova greve de professores para 8 de janeiro. A partir da próxima quarta-feira, a FNE junta-se às greves por distritos inicialmente convocadas por outras oito organizações sindicais.

A hipótese já havia sido avançada à Renascença pelo secretário-geral da organização, João Dias da Silva. Em causa, explicou o dirigente, estão as soluções apresentadas pelo ministro João Costa que, em alguns casos, agravam "a precariedade e instabilidade" dos professores.

"Todas estas greves da FNE são mais uma prova de que a federação está completamente em consonância com as justas reivindicações dos educadores e professores portugueses que, apesar da falta de medidas de reconhecimento e de valorização da tutela, continuam a prezar e a dignificar a profissão que abraçaram", lê-se no comunicado da federação.

Na mesma nota, a federação apontou o dedo ao ministério de João Costa por ter sido "de trazer para a mesa da negociação propostas concretas de valorização da carreira docente e do tempo de serviço prestado".

Já esta terça-feira, a FNE tinha endereçado um parecer negativo em relação às sugestões do Governo, apresentadas em reunião com os sindicatos na semana passada, embora o secretário-geral da organização tenha reconhecido que algumas das propostas para o regime de recrutamento e mobilidade sejam positivas.

"O Ministério não responde às questões essenciais de valorização da carreira e, em termos de concursos, em algumas circunstâncias agrava a instabilidade e a precaridade. Portanto, é um sinal bastante negativo", frisou Dias da Silva.

A FNE entregou pré-avisos para cinco dias, a partir de 1 de fevereiro. Para essa data, está marcada uma paralisação para o distrito de Santarém, seguindo-se Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

A 8 de fevereiro, em vez de se juntar à greve no distrito do Porto, que encerra os 18 dias de paralisação, a FNE realiza antes uma greve nacional.

[Notícia atualizada às 13h00 com comunicado da FNE]

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  • Cidadao
    25 jan, 2023 Lisboa 10:44
    O governo embora diga que não, continua a pensar em "perdi os professores, mas ganhei a população". Por isso, depois de 4 meses de interregno, aparece nas negociações sem nenhuma proposta quanto às reivindicações principais, e no resto, com propostas que nuns casos são o que já existe, noutros, até são piores do que aquilo que já existe. Isto foi cozinhado enquanto não apareceu a greve do STOP e o governo pensava que no máximo ia enfrentar a contestação fofinha habitual de abaixo-assinados, greves de 1 dia e manifs ao fim-de-semana. Com a greve do STOP por tempo indeterminado, a adesão verificada, e os sindicatos do sistema sentindo fugir os associados, a terem a contra-gosto de se juntar à luta, caiu tudo ao ministro. Tentaram a intimidação - ainda estamos à espera do parecer da PGR que vai declarar a greve "ilegal" - mas falharam, e agora têm muitas mais greves além da do STOP para enfrentar, mas continuam a pensar que "ganham a população" e com isso as greves acabam sem terem de satisfazer nenhuma reivindicação. Não sabem como se enganam. E se puxarem pela memória, foi este tipo de atitude à moda da Maria de Lurdes Rodrigues, que custou ao PS, 20% da votação e a perda da Maioria Absoluta. Vão pensando nisso pois cada vez menos gente acredita que não haja Legislativas antecipadas, é só o PSD recompor-se e reinventar-se ...

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