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Fenprof pede "grande manifestação" dia 20 à margem da reunião com o Governo

11 jan, 2023 - 11:30 • Lusa

Federação Nacional dos Professores teme que as reivindicações da classe profissional não sejam atendidas pelo executivo de António Costa.

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"Não vamos aceitar que seja assim". Professores acampam em protesto frente ao Ministério da Educação
"Não vamos aceitar que seja assim". A Renascença no acampamento de professores frente ao Ministério da Educação. Clique para ver o vídeo

O secretário-geral da Fenprof apelou esta quarta-feira a uma "grande manifestação" no dia 20, à margem da reunião negocial com o Governo, porque a probabilidade de as reivindicações serem atendidas é maior se os docentes mantiverem uma "pressão forte".

"Parece-nos que há mais possibilidades de haver respostas se houver pressão sobre o Governo do que se não houver. Por isso é que, depois de termos sabido que havia reunião no dia 20, no Ministério da Educação, foi convocada uma grande manifestação/concentração de professores para dia 20, à porta do Ministério da Educação", destacou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.

À entrada para um plenário de professores do Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel, em Coimbra, Mário Nogueira admitiu aos jornalistas que tem poucas expectativas para a reunião negocial sobre a revisão do regime de recrutamento e mobilidade, agendada para dia 20 de janeiro, no Ministério da Educação.

"É evidente que se, no dia 20, as respostas forem as que se exigem, obviamente que a luta poderia parar. Não sendo, e sinceramente tenho muito pouca expectativa nisso, tendo em conta o que foram as outras reuniões, a luta irá continuar", prometeu, lembrando ainda que para dia 11 de fevereiro está também agendada uma manifestação nacional, em defesa da profissão.

O secretário-geral da Fenprof chegou à sede do Agrupamento ao qual pertence por volta das 08h30, altura em que se começaram a concentrar à entrada da escola vários professores, exibindo cartazes a pedir respeito ou a exigir: "Precariedade não! Carreira recomposta. Salários atualizados. Horários legais. Aposentação justa".

Aos professores juntaram-se perto de duas centenas de alunos, que entoavam cânticos a pedir a união pela educação.

"Ministro escuta, a escola está em luta", "está na hora de o ministro ir embora" ou "é greve porque é grave" foram outros dos chavões gritados por alunos desta escola (entre o 5.º e o 9.º ano).

A partir de segunda-feira, inicia-se uma greve que, distrito a distrito, abrangerá todo o território continental. No distrito de Coimbra, a greve terá lugar no dia 24 de janeiro, na Praça 8 de Maio.

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  • Ex-professor
    11 jan, 2023 5 de Out 19:31
    Os sindicatos do sistema, Fenprof e FNE, estiveram durante anos surdos aos problemas dos docentes. Só os sindicatos podem convocar greves, e apesar do grande descontentamento docente e avalanches sobre avalanches de pedidos para greves prolongadas, os sindicatos do regime nunca se afastaram da luta fofinha de abaixo-assinados, cordões humanos, vigílias, manifestações ao fim de semana e greves-de-1-dia, encostadas ao fim-de-semana e de 3 em 3 meses. Então durante o governo da geringonça, nem isso. Graças, pelo aparecimento do STOP. A opinião do Mário "Só derrotas" Nogueira, importa pouco. E se o ministro não ceder, então a greve continua até ele ceder, ou ser substituído. E se o Costa vier com a retórica estéril habitual a tentar criar a costumeira vaga de fundo para virar os Pais e o País contra os Professores, saberemos dar a resposta adequada. E ele não vai gostar nem um bocadinho ...

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