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Urgências de obstetrícia. Autarcas de Setúbal e Barreiro descontentes com solução

21 dez, 2022 - 07:31 • Olímpia Mairos , com redação

As três unidades vão partilhar recursos para garantir o funcionamento de pelo menos dois dos serviços durante o Natal e o Ano Novo. Os autarcas dizem que a medida temporária não irá evitar novos encerramentos e que a contratação de tarefeiros se irá manter, face à falta de médicos no quadro.

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Os autarcas de Setúbal, Palmela e Sesimbra saíram insatisfeitos da reunião de terça-feira com o ministro da Saúde sobre os problemas nas urgências.

No encontro foi-lhes apresentado o plano dos hospitais de Setúbal, Almada e Barreiro, para responder à procura da urgência de obstetrícia e ginecologia. As três unidades vão partilhar recursos para garantir o funcionamento de pelo menos dois dos serviços durante o Natal e o Ano Novo. A decisão foi tomada pela direção executiva do SNS.

As urgências de ginecologia e obstetrícia dos hospitais de Setúbal e do Barreiro vão, assim, funcionar alternadamente aos fins de semana e durante o Natal e Ano Novo, enquanto o hospital de Almada manterá este serviço aberto.

Os autarcas reconhecem que a medida temporária não irá evitar novos encerramentos e que a contratação de tarefeiros se irá manter, face à falta de médicos no quadro.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, considera que a solução resolve o problema num contexto de curto prazo.

“Compreendemos, mas dissemos claramente ao senhor ministro que não concordamos com esta solução, porque esta não é uma solução de fundo, diz o autarca, argumentando que “isto é legitimar de certa forma aquilo que é as falhas em dias programados”.

“Estamos a falar de ginecologia e obstetrícia e maternidade, essencialmente, nos fins de semana que faltam até ao final do ano, provavelmente no primeiro trimestre, o que vai acontecer, de acordo com aquilo que nos foi informado, é que entre o hospital de Setúbal, o São Bernardo e o Hospital do Barreiro, Nossa Senhora do Rosário, vai haver um fim de semana uma maternidade a funcionar, num outro fim de semana outra maternidade a funcionar por forma a que haja uma previsibilidade por parte dos utentes de que há um serviço aberto”, explica o autarca.

O objetivo da medida é evitar os sucessivos encerramentos temporários das urgências e de algumas valências.

O ministro da Saúde não falou aos jornalistas. Terá agendado uma visita aos hospitais da Margem Sul do Tejo para o início do ano.

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