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Natal chuvoso

Chuva, vento e agitação marítima. Proteção Civil alerta para risco de cheias no Natal

23 dez, 2022 - 15:34 • Rosário Silva

Norte e Centro deverão ser as regiões mais afetadas pelo mau tempo. Há risco de inundações, cheias, derrocadas e deslizamentos de terras.

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) lançou esta sexta-feira um aviso à população a alertar para o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas.

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se para os próximos dias um agravamento que se vai materializar em chuva persistente, vento e agitação marítima.

O Norte e o centro deverão ser as regiões mais afetadas, com períodos de chuva por vezes forte, sobretudo no Minho e Douro litoral, “entre o final da tarde do dia 24 de dezembro e o final da tarde do dia 25 de dezembro”.

Se as previsões se confirmarem, a chuva chegará à região Centro durante o meio da manhã e a tarde do dia 25 de dezembro.

O vento, do quadrante sul, será mais intenso a partir da tarde do dia 24 de dezembro no litoral Oeste e nas terras altas da região Sul, podendo atingir “rajadas da ordem dos 80 Km/h nas terras altas do Norte e Centro”.

A Proteção Civil pede ainda atenção à agitação marítima, “com ondulação de sudoeste até quatro metros na costa ocidental a norte do Cabo Mondego”, entre a meia-noite e as seis da madrugada do dia de Natal.

Atenção às variações nas bacias hidrográficas

Há também um alerta da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para a ocorrência de variações significativas nalgumas bacias que podem afetar zonas historicamente mais vulneráveis.

É o caso da Bacia do Lima, com aumento significativo das afluências com impacto no próximo domingo em especial em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima, e na Bacia do Cávado com possibilidade de descargas das barragens de Caniçada e Salamonde, com impacto também no dia 25.

Já na Bacia do Tejo, as afluências de Espanha vão manter-se elevadas, bem como as afluências às barragens da sub-bacia do Sorraia.

Face a este cenário, são esperados, entre outros efeitos, inundações em zonas urbanas, cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras, possibilidade de deslizamentos e derrocadas motivados pela infiltração da água e piso rodoviário escorregadio, assim como a formação de lençóis de água.

Para garantir a segurança de todos, a ANEPC lembra alguns conselhos a ter em conta:

  • garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais
  • não se expor às zonas afetadas pelas cheias
  • ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte
  • ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis
  • nas estradas é necessário adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias
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