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FNAM diz que Governo vai "empurrar" médicos para greve se não negociar grelhas salariais

15 dez, 2022 - 23:10 • João Malheiro

Joana Bordalo e Sá diz que a reunião marcada com o Ministério de Saúde para 9 de janeiro é a data-limite para que haja "algo palpável e algum avanço nas condições de trabalho e as grelhas salariais". A FNAM lamenta que o Executivo "ande há sete anos sem mostrar nada de produtivo".

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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) avisa que o Governo vai "empurrar" estes profissionais de saúde para greve se não estiver disposto a uma "negociação séria" das grelhas salariais.

À Renascença, a presidente da comissão executiva da FNAM diz que a reunião marcada com o Ministério de Saúde para 9 de janeiro é a data-limite para que haja "algo palpável e algum avanço nas condições de trabalho e as grelhas salariais". Se tal não acontecer, os médicos terão de passar "a uma luta mais drástica".

Joana Bordalo e Sá alerta que "tem de ser resolvido rapidamente ou vamos continuar a assistir a esta debandada insustentável para o SNS".

A FNAM saiu, de resto, "desiludida" da reunião desta quinta-feira com o Governo e diz que o Executivo "anda há sete anos sem mostrar nada de produtivo".

"Temos problemas em todos os hospitais, num hospital onde se trata cancro saíram uma dúzia de profissionais em 2022. Temos a questão de obstetrícia, temos os médicos de família. E, portanto, precisamos de melhorar as nossas condições de trabalho", critica.

O ministro da Saúde admitiu esta quinta-feira que pode haver constrangimentos em algumas urgências hospitalares durante o período de Natal e fim do ano.

Um cenário que Joana Bordalo e Sá também antecipa, devido "à falta crónica" de profissionais de saúde.

"Até agora, não vimos nenhuma melhoria. Nestas alturas festivas, os problemas agravam-se. Por isso também é que esperávamos ver as nossas negociações avançarem mais rapidamente", reitera.

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