12 dez, 2022 - 23:23 • André Rodrigues
Mais de 3 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 vão ser inutilizadas por terem passado o prazo de validade.
A estimativa foi confirmada à Renascença pelo coordenador do Núcleo de Apoio ao Ministério da Saúde para a vacinação contra a Covid-19, depois de uma notícia inicialmente avançada pela RTP.
O coronel Penha Gonçalves reconhece que este é um dos custos associados à estratégia seguida desde o início da vacinação: “a estratégia que foi adotada, aliás, a nível europeu, procurou maximizar a possibilidade de que, qualquer que fosse o desenvolvimento epidemiológico da Covid-19, não iriam faltar vacinas para as pessoas que se quisessem vacinar. E, portanto, foi uma estratégia de manter alguma reserva estratégica de vacinas para que pudéssemos utilizar em caso de necessidade”.
Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças(...)
Segundo as contas do Núcleo de Apoio ao Ministério da Saúde, sobram 3,4 milhões de doses e, dessas, “cerca de dois milhões, já passaram a validade… e até ao fim do ano ainda temos mais alguns… é uma estimativa para o fim do ano”.
Em todo o caso, o coronel Penha Gonçalves explica que “estamos a falar de vacinas, a maior parte delas que já não são úteis para o nosso plano de vacinação. As doses de reforço que estamos a dar são das novas vacinas, das vacinas adaptadas e, portanto, estas vacinas que foram compradas já há algum tempo, são as vacinas originais,” adquiridas no início da campanha de vacinação primária.
Penha Gonçalves lembra que, apesar de tudo, o número de doses a inutilizar por fim de validade “não é elevado” e diz que, na comparação com os parceiros europeus, Portugal foi um dos países “onde esta perda de vacinas por prazo de validade foi menor.”