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​Urgências no Hospital Santa Maria com “situação mais normalizada”

06 dez, 2022 - 15:46 • Liliana Monteiro , Cristina Nascimento

Responsável pelo serviço das urgências revela que mais de metade dos doentes nas urgências não eram da área geográfica do Hospital de Santa Maria.

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As urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, registam uma “situação mais normalizada”, assegura o responsável pelo serviço.

Em declarações aos jornalistas, João Gouveia explica que têm “vários gabinetes abertos a atender os doentes” e, por isso, “a caminhar para a normalidade”, embora reconhecendo com tempos acima do que desejariam ter.

O médico explicou que afluência que gerou tempos de espera superiores a 11 horas ficou a ver-se uma procura anormal por parte de doentes de outras unidades, sublinhando que apenas 40% dos pacientes eram da área do Hospital de Santa Maria.

O coordenador das urgências reconhece que o hospital tem uma capacidade técnica instalada “muito poucos hospitais têm” e, por isso, devem “receber e ajudar doentes de todas as áreas do país”.

“Nós cobrimos e ajudamos os outros hospitais nos doentes que necessitam de tratamentos mais diferenciados; quando, por alguma outra razão, que foi o aconteceu este fim de semana, eles entraram em falência, nós também ajudamos nos outros doentes”, descreve João Gouveia.

No entanto, este especialista adverte que “tem que haver uma reciprocidade e eles têm depois também que ajudar e receber os doentes que nós começámos a tratar”.

Questionado sobre o impacto do alargamento dos centros de saúde anunciado pelo ministro Manuel Pizarro, João Gouveia refere-se ao impacto no Hospital de Santa Maria.

“Apenas alargou duas horas, não sei se isso vai chegar para alguma coisa”, diz.

Mudanças no Santa Maria

Ana Paula Martins será a nova presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que integra o Hospital Santa Maria. A informação foi confirmada à Renascença pelo Ministério da Saúde.

A antiga bastonária da Ordem dos Farmacêuticos vai substituir Daniel Ferro, que estava no cargo desde 2019.

O Ministério da Saúde esclarece que não se tratam de demissões, mas sim de nomeações para comissões que já deviam ter terminado em 2021, um processo que se atrasou.

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