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Ministério Público abre inquérito a denúncias de alegados comportamentos racistas na PSP e na GNR

17 nov, 2022 - 20:35 • Redação

Em causa está a grande reportagem “Quando o ódio veste farda” que dá conta de quase 600 polícias e militares da GNR que foram apanhados numa rede onde apelam à violência contra alegados criminosos, contra políticos, jornalistas e figuras públicas.

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O Ministério Público abriu um inquérito às denúncias de comportamentos alegadamente xenófobos ou racistas, por parte de elementos da PSP e GNR, adianta à Renascença fonte da Procuradoria-Geral da República.

Num esclarecimento por escrito, a PGR confirma “a instauração de inquérito sobre a matéria. Corre termos no DIAP de Lisboa”.

Em causa está uma grande reportagem, dividida em dois episódios, transmitida pela SIC, da autoria da Rede de Jornalistas de Investigação, o primeiro consórcio português de jornalismo de investigação.

O trabalho jornalístico intitulado “Quando o ódio veste farda” dá conta de quase 600 polícias e militares da GNR que foram apanhados numa rede onde apelam à violência contra alegados criminosos, contra políticos, jornalistas e figuras públicas.

No trabalho são apresentados diversos casos de publicações como: "Procura-se 'sniper' com experiência em ministros e presidentes, políticos corruptos e gestores danosos", diz o texto sobre a imagem do cano de uma espingarda que um militar da GNR de Vendas Novas publicado no Facebook.

Segundo a mesma investigação, todos os agentes e militares da PSP e da GNR que escreveram estas frases nas redes sociais estão no ativo.

Face a estas alegações, o ministro da Administração Interna lembra que o racismo e o ódio não são fenómenos generalizados nas forças de segurança e que “não se pode confundir a parte com o todo”.

José Luís Carneiro promete uma investigação rigorosa, prometendo “firmeza” e “determinação, porque “não podemos tergiversar na necessidade de apurar responsabilidades”.

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