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Professor acusado de abusar de alunas alega cabala. Juiz fala em atos atrozes

16 nov, 2022 - 20:29 • Lusa

No processo, o arguido, de 58 anos, nega os factos e alega que tudo não passará de cabala montada por um grupo de alunas que se sentiram "rejeitadas ou trocadas" enquanto atrizes e que, desta forma, querem vingar-se com acusações infundadas.

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O professor de Moral de uma escola de Famalicão acusado de abusar sexualmente de 15 alunas menores diz-se vítima de uma cabala, mas a juiz de instrução diz que há prova "robusta" de que terá cometido "inúmeros atos atrozes".

Na decisão instrutória, a juiz alude mesmo a alguns casos de "gravidade extrema" e diz que a tese de cabala "é completamente descabida".

Professor de Educação Moral e Religião Católica na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, o arguido está acusado de 87 crimes de abuso sexual de menores dependentes, sendo as vítimas 15 alunas com idades entre os 14 e os 17 anos.

No processo, o arguido, de 58 anos, nega os factos e alega que tudo não passará de cabala montada por um grupo de alunas que se sentiram "rejeitadas ou trocadas" enquanto atrizes e que, desta forma, querem vingar-se com acusações infundadas.

Acrescenta que a denúncia anónima que esteve na origem do processo foi uma "combinação entre todos os que nela intervieram, de forma a arrasarem completamente" com a sua reputação e com a companhia de teatro que fundou no seio da escola.

Segundo a acusação, os crimes terão sido cometidos essencialmente durante os ensaios da companhia de teatro "O Andaime", que o arguido criou naquela escola e de que era encenador.

Outros abusos terão acontecido durante aulas de Moral e numa deslocação a um festival de teatro em Penafiel.

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