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Marcelo acredita ser possível tirar sem-abrigo da rua num "prazo razoável"

25 out, 2022 - 20:12 • Teresa Paula Costa

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que a pandemia e a guerra atiraram mais pessoas para as ruas e salientou que é preciso continuar o esforço da Estratégia Nacional dos sem-abrigo.

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O Presidente da República disse nesta terça-feira que é preciso continuar a luta para tirar os sem-abrigo das ruas.

No encerramento do Encontro Nacional dos núcleos de planeamento e intervenção dos sem-abrigo, que se realizou em Leiria, Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que a pandemia e a guerra fizeram subir os números das pessoas sem casa.

Depois de elogiar o trabalho feito no âmbito da Estratégia Nacional, o Presidente disse que "a luta continua a criar condições para não ter sem-abrigo na rua". Marcelo Rebelo de Sousa considerou haver condições para erradicar a "ferida social" dos sem-abrigo, que é "um fracasso" de toda a sociedade, num "prazo razoável".

Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que há uma "diferença brutal" de há seis anos para cá, em termos do empenho das "autarquias e das estruturas devotadas a esta luta", quer na "diversidade de preocupações" quer na "complementaridade de contributos" e "na mobilização, na capacidade de sonhar e de mudar a realidade que existe".

E um dos próximos desafios é atrair mais jovens para esta causa. "Precisamos de trazer ainda mais jovens, a partir dos 18, dos 18 aos 30 (anos)", disse Marcelo Rebelo de Sousa, que assumiu esse objetivo como "um dos grandes desafios para a estratégia a partir de 2024".

OE2023 favorece a luta para tirar sem-abrigo das ruas

Para o Presidente da República, o Governo está a dar o seu contributo.

"No Orçamento para o ano que vem, a aposta é muito forte inclusive com fundos comunitários no PRR (Plano de Resiliência e Recuperação)", considerou Rebelo de Sousa, que também elogiou a "aposta no sentido de, em conjunto com as autarquias, encontrar soluções para a habitação, para o apoio social, para a empregabilidade, para o reforço daquilo que é a preocupação com a saúde mental".

"Tudo isso está lá presente, o que significa que não vamos desistir, não desiste o Governo, não desistem as autarquias, não desiste o Presidente da República, não desistem os portugueses", afirmou Marcelo que rematou com "os portugueses não podem desistir".

PR vai acompanhar aumento do crédito à habitação

O Presidente da República revelou também que vai acompanhar, com o Governo, o aumento das prestações do crédito à habitação,

"O Governo tem tentado responder a isso através de prestações específicas. Mas é uma situação que vai ser acompanhada, sobretudo se a guerra demorar muito mais tempo. Vai ser acompanhada com atenção", garantiu o chefe de Estado, à margem do Encontro.
Reconhecendo que a "guerra provocou, naturalmente, consequências financeiras", Marcelo constatou que há "uma média relativamente aos empréstimos da habitação dos portugueses, que aponta para, em muitos casos, estarmos também numa média de aumento de prestação de entre 15 e 24/25%".
Mas, continuou o presidente, "isso está a ser analisado pela banca e está a ser analisado pelo Governo para ver se assim é em termos de média, o que fica fora da média e como é a situação em geral e como vai evoluir nos próximos tempos."
Para o chefe de Estado trata-se de "uma preocupação do Governo e é uma preocupação do sistema financeiro." "É uma preocupação dos portugueses", rematou.
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