A+ / A-

Angela Merkel condecorada por Marcelo

13 out, 2022 - 10:47

A antiga chanceler alemã está em Lisboa para anunciar e entregar o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, que distingue pessoas ou organizações pelo seu contributo no combate às alterações climáticas.

A+ / A-

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa concedeu à ex-chanceler alemã Angela Merkel o grau de Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, de acordo com um decreto publicado em Diário da República.

Trata-se de uma condecoração habitualmente entregue a chefes de Estado.
O decreto n.º 149/2022 foi assinado por Marcelo Rebelo de Sousa em 9 de outubro e publicado, esta quinta-feira, em Diário da República.
A antiga chanceler alemã está em Lisboa para anunciar e entregar o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, que distingue pessoas ou organizações pelo seu contributo no combate às alterações climáticas.
Marcelo tinha anunciado em dezembro passado a intenção de a condecorar "pela sua extraordinária contribuição para a União Europeia, desbravando novos caminhos de construção de solidariedade, bem-estar e diálogo entre os Estados Membros, para o bem dos povos da Europa".
A ex-chanceler alemã é, pela primeira vez, a presidente do júri do Prémio Gulbenkian para a Humanidade, sucedendo ao antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que presidiu ao júri nas primeiras duas edições. O prémio, no valor de um milhão de euros, pretende distinguir pessoas, grupos ou organizações de todo o mundo cujo trabalho tem contribuído para mitigar o impacto das alterações climáticas.
Na primeira edição, em 2020, foi atribuído à ativista sueca Greta Thunberg, que aplicou a verba no apoio de vários projetos escolhidos por si, incluindo iniciativas para apoiar o combate à covid-19 na Amazónia, vítimas de catástrofes naturais na India, Bangladesh e em países africanos, e na transição energética em África.
No ano passado, venceu a "Global Covenant of Mayors for Climate & Energy", uma aliança constituída por mais de 10.600 cidades e governos locais de 140 países que utilizou o prémio para financiar projetos em cinco cidades no Senegal para o fornecimento de água potável e numa cidade nos Camarões para o desenvolvimento de soluções de eficiência energética.
O vencedor da terceira edição é anunciado hoje numa conferência de imprensa durante a manhã e o prémio será entregue numa cerimónia que decorre pelas 18h00 na Fundação Gulbenkian, em que estarão presentes Angela Merkel, o presidente da Fundação, António Feijó, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Em 4 de outubro, Angela Merkel ganhou o prémio Nansen do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) por proteger milhares de refugiados no auge da crise na Síria. Sob a liderança da ex-chanceler, que esteve à frente do país entre 2005 e 2021, a Alemanha recebeu mais de 1,2 milhões de refugiados e requerentes de asilo, sobretudo nos anos 2015 e 2016, quando o conflito na Síria estava no seu auge e a Europa viveu uma das maiores crises de imigração de sempre.
O prémio, atribuído anualmente, foi batizado em homenagem ao explorador, cientista, diplomata e humanitário norueguês Fridtjof Nansen e é concedido a uma pessoa, grupo ou organização que tenha ido além do seu dever na proteção de refugiados, deslocados internos ou apátridas.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+