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Amnistia Internacional não está surpreendida com relatos de esquadras chinesas ilegais

30 set, 2022 - 21:30 • João Malheiro

A Amnistia Internacional não consegue corroborar estes relatos, mas avisa "que esta metodologia de intimidação não espanta", tendo sido usada contra alvos do regime chinês.

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O diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal diz à Renascença que não tem dados sobre a possível existência de esquadras chinesas ilegais, mas a prática não o surpreende.

A organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos Safeguard Defenders insiste, na Renascença, que existem em Lisboa, Porto e Madeira “esquadras chinesas” ilegais, centros de investigação e repatriamento de cidadãos chineses que vivem em Portugal.

A Amnistia Internacional não consegue corroborar estes relatos, mas avisa "que esta metodologia de intimidação não espanta", tendo sido usada contra alvos do regime chinês.

"Pessoas que são ameaçadas com constrangimentos pessoais e sofrimento infligido aos seus familiares não é uma prática nova. São práticas que vão sendo usadas", explica Pedro Neto, à Renascença.

Admitindo preocupação pela denúncia da Safeguard Defenders, o diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal pede que o Governo português acione os mecanismos necessários "de proteção dos seus cidadãos e dos cidadãos que cá residem".

A Liga dos Chineses em Portugal disse esta quinta-feira, à Renascença, que se trata de uma denúncia falsa, que é impossível a existência dessas esquadras ilegais chinesas a operar no país.

De acordo com a Safeguard Defenders, mais de 230 mil cidadãos chineses foram "persuadidos a regressar" à sua terra natal, um pouco por todo o mundo.

Ao todo a ONG diz que há 54 esquadras, em cinco continentes distintos. Três delas, supostamente, poderão existir em Portugal.

O primeiro-ministro foi questionado na quinta-feira, no Parlamento, sobre esta denúncia. António Costa disse desconhecer o caso.

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