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Incêndios

Pedrógão Grande. Acórdão vai ser lido esta terça-feira

12 set, 2022 - 22:46 • Liliana Monteiro

Incêndio durou uma semana, matou 66 pessoas, feriu outras 254 e causou prejuízo de mais de 90 milhões de euros. Foram contabilizadas mais de 500 casas de habitação parcial ou totalmente destruídas pelo fogo, afetadas 48 empresas com 372 postos de trabalho. Entre os arguidos estão três autarcas, um comandante dos bombeiros e a Ascendi.

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Cinco anos depois da tragédia dos incêndios de Pedrogão Grande, vai ser lido esta terça-feira de manhã o acórdão do julgamento do processo sobre eventuais responsabilidades criminais relativas ao que se passou a 17 de junho de 2017, o início daquele que ficou conhecido pelo incêndio de Pedrogão Grande.

O julgamento, que termina esta terça-feira no Tribunal de Leiria, durou um ano e meio e no banco dos réus senta 11 arguidos, entre eles os presidentes da câmara de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e o comandante dos bombeiros de Pedrogão Grande que liderou as operações na altura em que deflagraram as chamas. Responderam em tribunal também dois funcionários da EDP e outros dois da Ascendi.

Em causa estão crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência.

Embora o balanço de vítimas tenha sido superior o ministério público tem em conta neste processo apenas 63 mortos e 44 feridos.

O Ministério Público pede a condenação de apenas 9 dos arguidos.

A Procuradora do caso pediu prisão efetiva, superior a cinco anos para o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, acusado de 63 crimes de homicídio e 44 de ofensa à integridade física todos por negligência.

Para o ex-presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, para o antigo vice-presidente José Graça e para a ex-responsável pelo Gabinete Florestal Margarida Gonçalves, a procuradora considerou que devem ser condenados por seis crimes de homicídio por negligência.

Já em relação ao ex-presidente do município de Castanheira de Pêra, Fernando Lopes, defendeu a condenação em pena única por quatro homicídios por negligência.

No caso do presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, o ministério publico propôs a absolvição.

Durante as alegações finais foi ainda pedida prisão efetiva para os funcionários da antiga EDP e da Ascendi acusados por mais de 30 crimes de homicídio e ofensa à integridade física por negligência.

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