02 set, 2022 - 20:11 • André Rodrigues
Mais de metade das 26 mortes maternas registadas em 2017 e 2018 ocorreram em mulheres com menos de 35 anos, segundo um relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta sexta-feira.
O documento da DGS constata que “nos últimos anos há um aparente aumento da mortalidade materna”, embora a DGS aponte múltiplos fatores que ajudam a explicar esta tendência: “aumento progressivo da idade da mulher na gravidez e no parto; mais mulheres jovens com patologia congénita complexa a chegar à idade fértil; recurso cada vez maior a técnicas de procriação medicamente assistida (PMA)”.
Dos 26 óbitos maternos registados nestes dois anos, 12 foram atribuídos a causa direta: cinco por hemorragias e doenças de coagulação e três por hipertensão gestacional.
Está praticamente fechado o desenho da nova rede d(...)
As causas indiretas distribuíram-se mais uniformemente por tromboembolia, causas oncológicas, infeções e outras.
“Cerca de 54% das mortes maternas ocorreram em mulheres com menos de 35 anos. A morte em mulheres mais jovens esteve predominantemente associada a elevada carga de doenças graves e ocorreu, principalmente, durante a gravidez”, acrescenta o relatório.
Já no caso das mulheres com 35 e mais anos, os óbitos “ocorreram maioritariamente após o parto”.
A DGS aponta, também, que cerca de um quarto (23%) das mortes maternas em Portugal foram de “mulheres oriundas de Países PALOP”.