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CDS e PDS esperam o restabelecimento das boas relações com Angola

15 out, 2013 - 15:26

Presidente angolano José Eduardo dos Santos avisou que não há condições para manter a parceria estratégica com Portugal.

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O CDS espera que sejam restabelecidas as boas relações com Angola, depois de o presidente José Eduardo dos Santos ter anunciado a suspensão da parceria estratégica com Portugal.

Nuno Magalhães diz-se preocupado e acrescenta que é por temer estas situações que o CDS optou por nada dizer nem fazer que pudesse afectar o entendimento entre os dois países.

“Fico preocupado. Creio que é preciso reconstruir a relação que era boa e que é boa entre os dois estados. Talvez agora se perceba melhor porque é que o CDS sempre teve uma postura de não dizer nada nem praticar qualquer acto que pudesse prejudicar os 150 mil portugueses que trabalham e vivem em Angola ou as 10 mil empresas que exportam para Angola”, apontou.

“Sabemos e temos consciência de que se Portugal não ocupar um espaço privilegiado nas relações com Angola, outros países estão à espera para o fazer. Desejo que possa haver um reestabelecer das boas relações entre os dois estados”, acrescentou Nuno Magalhães.

Também Luís Montenegro, presidente da bancada do PSD, comentou a reacção angolana. “O nosso desejo é que todas as relações que estabelecemos do ponto de vista económico, cultural, com Angola e o povo angolano, sejam normais, sejam carregadas de dinamismo de parte a parte”, disse o social-democrata.

Foi no discurso do estado da nação, na assembleia nacional de Angola, que José Eduardo dos Santos avisou que não há condições para manter a parceria estratégica com Portugal.

“Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada”, disse esta terça-feira o governante.

Apesar dos contactos da Renascença junto dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Economia, não há ainda comentários por parte do Governo português a esta posição do chefe do estado angolano. 
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