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Combate à corrupção? Diretor nacional da PJ diz que é preciso "fixar equipas sólidas"

15 dez, 2022 - 12:59 • Liliana Monteiro , Olímpia Mairos

Para Luís Neves combater este crime é lutar pelos direitos humanos, uma vez que as verbas que são desviadas ilicitamente são retiradas a muitos que delas necessitam e que seriam os principais destinatários.

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O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) defendeu, esta quinta-feira, que é preciso fixar, nesta força de segurança, “equipas sólidas e com conhecimento para melhor combater a corrupção”.

Luís Neves lembrou, durante uma conferência sobre este crime, que os planos desta polícia de investigação criminal passam por um aperfeiçoamento dos núcleos de investigação para que melhor se combata este crime.

“Mais de 33% desde que estes concursos foram iniciados e estes ingressos foram colocados na esfera da corrupção, mas mais importante do que isto (…) é que é importante fixar pessoas nesta esfera”, defendeu.

O diretor nacional da PJ lembra que “noutras áreas do conhecimento e noutras áreas da ciência, das engenharias, nas medicinas há especialistas, nas diferentes áreas” e defende, por isso, que “aqui também tem que haver”.

“E nós temos que criar condições de que as pessoas se fixem, porque não é possível nós estarmos permanentemente a mudar pessoas do norte para o sul ou desta área para aquela área. Temos que fixar as pessoas, de facto, em equipas coesas, estruturadas e duradouras”, defende.

Na conferência sobre a contratação pública e os riscos de corrupção, promovida pela Polícia Judiciaria, o diretor nacional aproveitou, ainda, para sublinhar que combater este crime é lutar pelos direitos humanos, uma vez que as verbas que são desviadas ilicitamente são retiradas a muitos que delas necessitam e que seriam os principais destinatários.

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  • João Santos
    19 dez, 2022 Coimbra 19:22
    A parte da qualidade dos especialistas da Polícia Judiciária é importante, mas não é fulcral. Todo o processo de investigação depende de autorizações de procuradores do Ministério Público. Por exemplo em Coimbra, os inspectores da PJ queixavam-se que uma Procuradora estava comprada por advogados, de forma a proteger os clientes. Houve casos de alteração de depoimentos de vitimas por parte da Sra. Procuradora de forma a proteger os clientes "Doutores" e "Professores Universitários". A troco não se sabe de quê, mas de algo deve ter sido...

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