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Transtejo

Greve condiciona ligações fluviais entre Lisboa e Margem Sul

17 ago, 2022 - 06:55 • Lusa

Os trabalhadores estão em greve parcial em cada turno de serviço. Não foram decretados serviços mínimos.

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A travessia fluvial que liga Cacilhas, Seixal e Montijo à cidade de Lisboa só é possível a partir das 11h00 entre quarta e sexta-feira devido à greve parcial dos trabalhadores da Transtejo, que afeta as horas de ponta.

Entre os dias 16 e 19 deste mês os trabalhadores estão em greve parcial em cada turno de serviço, o que tem levado à supressão de carreiras em períodos de maior movimento.

Segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores realizam greves parciais em cada turno de serviço, "pelo facto de a administração/Governo não ter iniciado um efetivo processo de negociação, de modo a discutir as reivindicações sindicais, das quais, além da valorização salarial, consta a melhoria do serviço público".

Por norma, as ligações entre as duas margens inicia-se as 6h10 no caso do Seixal, às 5h20 no caso de Cacilhas, às 6h00 no caso do Montijo e às 6h42 no caso da Trafaria.

Devido à greve, que se realiza durante os dias de semana desde o dia 8 de agosto, todas as carreiras ao início do serviço e ainda em horas de ponta durante a tarde foram suprimidas, estando as estações encerradas durante esse período por razões de segurança, segundo a empresa.

Carlos Costa, dirigente da Fectrans, explicou em declarações à agência Lusa que a greve realiza-se às três primeiras horas dos turnos da manhã e à tarde são três horas por turno e que não foram decretados serviços mínimos, não existindo assim uma imposição legal para que fossem cumpridos.

Segundo a estrutura sindical, "a resolução dos problemas nesta e noutras empresas públicas é uma opção política entre fazer os investimentos necessários para valorizar os trabalhadores e fixá-los, ou optar por responder às exigências dos grupos económicos/financeiros, à custa dos trabalhadores e do serviço público".

A Fectrans advoga que "só há um conflito laboral porque a administração/Governo opta pelo silêncio e por ignorar os protestos de trabalhadores e utentes".

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