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“Intolerável”. Técnicos de emergência reagem a caso de morte de mulher que esperou mais de uma hora por socorro

23 jul, 2022 - 11:47 • Lusa

Reação da Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica surge após o JN ter revelado que uma mulher de 83 anos caiu num passeio em Campolide, Lisboa, e esperou cerca de hora e meia pelo INEM, que não tinha ambulâncias disponíveis, tendo depois a idosa acabado por morrer no hospital.

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A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) considerou “intolerável” que alguém fique na rua uma hora e 15 minutos à espera de uma ambulância do INEM, defendendo que devem ser investigados os serviços médicos de emergência.

“É intolerável que alguém fique deitado no chão durante 1 hora e 15 minutos sem qualquer cuidado de emergência médica, violando todas as boas práticas. É intolerável que estes eventos adversos sejam constantes e, que não sejam assacadas qualquer tipo de responsabilidades”, refere a ANTEM, em comunicado.

Esta associação sublinha que o caso da “senhora que esteve 1 hora e 15 minutos estendida no chão a aguardar por uma ambulância na cidade de Lisboa” não é o único, sendo uma situação que ocorre “repetidamente”.

O comunicado da ANTEM surge após o Jornal de Noticias ter hoje noticiado que uma mulher de 83 anos caiu num passeio em Campolide, Lisboa, e esperou cerca de hora e meia pelo INEM, que não tinha ambulâncias disponíveis, tendo depois a idosa acabado por morrer no hospital.

Segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), todas as ambulâncias que foram contactadas, num total de 29 entidades, estavam ocupadas noutras missões de emergência.

A ANTEM manifesta a “mais elevada inquietação” e considera que aquilo que se vivencia nos serviços médicos de emergência “deverá ser objeto de investigação por parte das entidades competentes”.

“É incompreensível que com os constantes episódios sórdidos não tenha ainda havido lugar a alterações no conselho de direção do INEM, que não detém as condições mínimas para o exercício das funções”, frisa.

Segundo a associação, os serviços médicos de emergência em Portugal prestam um serviço “desigual, sobretudo nas regiões mais desfavorecidas” e os modelos de formação estão ultrapassados.


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