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Radar Europa

Portugueses preocupados podem votar mais nas Europeias

07 fev, 2024 - 10:56 • Hugo Monteiro

O que é que os europeus esperam da União Europeia? Que expetativas têm portugueses e restantes europeus para o que poderá fazer o Parlamento Europeu depois das eleições? Quais os grandes desafios? São perguntas às quais tentamos dar resposta no episódio inaugural do novo podcast da Renascença “Radar Europa”, numa parceria com a Euranet.

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Portugueses preocupados podem votar mais nas Europeias

A guerra na Ucrânia, as alterações climáticas e a crise económica aparecem como os principais desafios para a União Europeia nos próximos meses. São, pelo menos, os temas que mais preocupam os eleitores ouvidos no episódio inaugural do podcast "Radar Europa". Um episódio que dá voz à rua.

"O que mais me preocupa são as guerras. Também o problema das alterações climáticas. São os grandes problemas que temos de enfrentar neste momento. Além da miséria económica aqui em Portugal", diz António Duarte, de 72 anos. Já Isabel Barros, de 75 anos, sublinha que "são precisos projetos credíveis, que façam alguma diferença" no que respeita ao conflito na Ucrânia. "As alterações climáticas estão também a preocupar-me imenso. As gerações futuras é que vão pagar a fatura", sublinha. Já Emanuel Sousa, de 66 anos, assume preocupação com os tradicionais elevados níveis de abstenção nas Europeias: “A maior parte das pessoas não vota e delega nos outros, por omissão, aquilo que são as suas responsabilidades".

Para Vicente Valentim, investigador em Ciência Política na Universidade de Oxford, estas são "preocupações perfeitamente legítimas". O especilista diz que o principal problema é "até que ponto, a maior parte das pessoas têm uma noção real daquilo que a União Europeia pode ou não fazer", nestas áreas. "Acho que, na verdade, isso é uma das coisas em que a União Europeia tem ficado um bocadinho aquém no passado. É a sua capacidade de informar os cidadãos em que áreas é que tem competência e o que é que pode fazer", diz ao "Radar Europa".

Apesar das eleições europeias serem, tradicionalmente, menos participadas, ou umas eleições "de segunda ordem", Vicente Valentim diz que, desta vez, os eleitores têm a percepção "de que está muita coisa em causa". "A guerra na Ucrânia, as alterações climáticas, o aumento do apoio à direita radical, são tudo questões que fazem com que se percepcione que está muito em jogo. Penso que isso pode fazer com que a abstenção seja um bocadinho menos elevada do que temos vindo a ficar habituados". O atual cenário, em que se repetem as notícias sobre casos judiciais, poderia, por si só, fazer com que a abstenção aumentasse, "mas, ao mesmo tempo, há outras outras forças que empurram na direção contrária".

O que os europeus esperam da Europa é o tema de estreia do novo podcast da Renascença “Radar Europa”, numa parceria com a Euranet.


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