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Incêndios. Balanço da Proteção Civil aponta para 21 feridos ligeiros e um grave

11 jul, 2022 - 15:25 • Lusa

Bombeiro que teve uma fratura exposta no pulso é o ferido grave dos últimos dias de combate aos incêndios.

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Os incêndios que lavram em Portugal Continental desde quinta-feira provocaram 21 feridos ligeiros e um ferido grave, afirmou hoje o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

André Fernandes falava no "briefing" aos jornalistas na sede da ANEPC, em Carnaxide, Oeiras, no distrito de Lisboa, pouco depois das 12h00, para fazer o ponto de situação do dia de hoje sobre os incêndios.

"Em relação às vítimas acumuladas desde dia 7 de julho, temos 21 feridos ligeiros e um ferido grave, que foi um bombeiro que teve uma fratura exposta no pulso", disse.

De acordo com o responsável, os feridos ligeiros resultaram de "situações normais no quadro de combate aos fogos florestais", salientando que a maioria não teve necessidade de deslocação ao hospital.

Portugal continental está sem incêndios ativos significativos, disse o comandante nacional, sublinhando, no entanto, que os fogos que deflagraram em Pombal (Leiria) e Ourém (Santarém), apesar de dominados, são motivo de preocupação devido ao risco de reacendimento.

"As ocorrências que tiveram origem nos dias 7, 8, 9 e 10 de julho encontram-se todas numa fase de dominadas, estando em fase de estabilização do perímetro de incêndios", sublinhou.

O incêndio que começou na quinta-feira à tarde no concelho de Ourém (Santarém) e que alastrou a Alvaiázere (Leiria) e Ferreira do Zêzere (Santarém) foi considerado dominado cerca das 8h00, permanecendo pelas 14h05 no terreno 594 operacionais, apoiados por 196 veículos e três meios aéreos.

Já o fogo que começou na sexta-feira no concelho de Pombal, e que se estendeu a Ansião, também no distrito de Leiria, foi considerado em resolução às 8h30 de hoje, estando às 14h10 a ser combatido 263 operacionais, com o apoio de 85 viaturas e um meio aéreo.

Quanto ao levantamento já feito aos danos causados pelos incêndios, o comandante André Fernandes adiantou que o incêndio de Ourém afetou "cinco habitações e dois anexos", tendo também obrigado à evacuação das aldeias de Charneca, Abades, Casal do Rei, Lumiar e Ameixieira por precaução.

Já no fogo de Pombal, que começou na sexta-feira em Vale da Pia e afetou os municípios de Pombal, Ansião e Alvaiázere, no distrito de Leiria, "duas habitações foram afetadas pelos incêndios", avançou, enumerando "evacuações preventivas" nas aldeias de Martim Vaqueiro, Ramalheira, Gramatinha e Mato.

"Estas situações já voltaram à normalidade, apenas a registar um deslocado no incêndio de Santarém", frisou o responsável.

Portugal continental entrou às 00h00 de hoje em situação de contingência, que deverá terminar às 23h59 de sexta-feira, mas que poderá ser prolongada caso seja necessário.

A declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, segundo disse, no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Devido à situação de risco, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e a Comissão europeia mobilizou, no domingo, dois aviões espanhóis para combater os incêndios no território português.

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