Tempo
|
A+ / A-

Advogado de Sócrates diz que MP pediu alteração das medidas de coação

30 jun, 2022 - 14:05 • Liliana Monteiro

Antigo primeiro-ministro e arguido ouvido em tribunal devido a viagens ao Brasil.

A+ / A-

O advogado de defesa de José Sócrates disse que o Ministério Público promoveu uma alteração das medidas de coação a que está sujeito o antigo primeiro-ministro, principal arguido da Operação Marquês.

No final de uma audiência em tribunal, Pedro Delille disse aos jornalistas que aguarda a promoção da medida de coação, dizendo que o Ministério Público promoveu uma ligeira mudança, mas que não sabia precisar qual.

"O Ministério Público disse o que tem dito, eu defendi José Sócrates com a explicação de mais uns aspetos. A juíza disse que ia emitir despacho", referiu Pedro Delille.

Questionado se a nova medida de coação poderia passar pela retirada do passaporte, Pedro Delille disse: “nada disso, o Engenheiro já teve e depois extinguiu-se”.

Nesta altura, José Sócrates tem apenas termo de identidade e residência, a medida de coação automaticamente atribuída quando se é constituído arguido.

No entendimento do ex-primeiro-ministro, essa medida, que é automática, não estava em vigor durante as viagens ao Brasil e que essa medida, o termo de identidade e residência (TIR), só existe no processo a partir de dia 14 de junho quando, altura em que o documento chegou aos autos.

José Sócrates já abandonou o Campus de Justiça depois de duas horas a ser ouvido pela juíza Margarida Alves.

O antigo primeiro-ministro foi chamado a pedido do MP para prestar informações sobre as saídas do país sem qualquer comunicação ao tribunal.

José Sócrates é arguido no âmbito de um processo extraído da Operação Marquês, onde está acusado de seis crimes de branqueamento e falsificação no âmbito do uso indevido de contas de terceiros.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+