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​Cerca de 110 mil pessoas recebem cabaz alimentar de apoio a famílias carenciadas

22 jun, 2022 - 15:08 • Manuela Pires , Cristina Nascimento

Presidente do Instituto da Segurança Social foi chamada ao Parlamento par explicar alegados cortes no apoio a pessoas com dificuldades.

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A presidente do Instituto de Segurança Social (ISS) revelou esta quarta-feira à tarde no Parlamento que nesta altura 110 mil pessoas beneficiam do cabaz de alimentos do programa de apoio aos mais carenciados.

“Após reavaliação das famílias, estão a ser apoiadas pelo programa 110 mil pessoas. E serão apoiadas todas aquelas que necessitarem tendo em conta os critérios Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC)”, garantiu a presidente do ISS, Catarina Marcelino.

Nesta audiência parlamentar, Catarina Marcelino garantiu ainda que não estão previstos cortes às famílias que precisam, bem como que terão continuidade “todas as medidas de apoio social disponíveis, desde prestações sociais, cantinas sociais e outras respostas de caráter comunitário que existem no terreno da responsabilidade do Estado”.

Catarina Marcelino foi chamada ao Parlamento a pedido de vários partidos para esclarecer as noticias que davam conta de uma redução em 30 mil das famílias de iriam beneficiar deste apoio.

A presidente do ISS foi ainda questionada sobre a redução de alimentos por cabaz. A responsável assegurou que se tratou de uma falha do fornecedor por causa da guerra na Ucrânia e que o problema está a ser resolvido.

“O ISS tem estado a trabalhar afincadamente para que os produtos do cabaz sejam repostos o mais rapidamente possível. Nas entregas aos beneficiários em junho houve um acréscimo de produtos e, em julho, há mais produtos a serem postos”, assegurou.

Catarina Marcelino garantiu ainda que “a reposição total do cabaz, esse é, obviamente, o foco da segurança social”.

Parlamento trava medidas de apoio

Nestas audiências parlamentares foi ouvido também o presidente da Rede Europeia Contra a Pobreza. Jardim Moreira assegura que, da parte do Governo, “não há nenhuma decisão nem vontade de fazer, de cortar seja o que for a ninguém”.

Jardim Moreira lamentou antes alguns constrangimentos por parte do Parlamento em fazer aprovar medidas nesta área.

“Não tem muitas vezes o apoio desta casa para tomar medidas estruturais e por isso penso que será necessário pensar também esta casa tem responsabilidades na situação atual do país”, rematou.

O padre Jardim Moreira elogiou ainda a aprovação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, em dezembro do ano passado, mas disse ainda esperar a nomeação de um coordenador para essa estratégia.

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  • lj
    22 jun, 2022 lx 20:09
    Conheço famílias que trabalham "por debaixo da mesa" e recebem mais do que o ordenado mínimo. Têm direito a este cabaz, tarifas de luz e água baixas, ajudas à renda de casa e à educação dos filhos. Onde está a fiscalização?

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