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Ministro arrasa trabalhadores do SEF. “O país não pode bloquear porque se entende convocar um plenário”

29 mai, 2022 - 18:06 • João Carlos Malta

José Luís Carneiro disse que os trabalhadores do SEF que participaram nesta reunião no aeroporto de Lisboa criaram dificuldades "acrescidas, incompreensíveis para o regular funcionamento do aeroporto”.

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O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, foi este domingo muito crítico para com os trabalhadores do SEF que decidiram marca um plenário para hoje entre as 6h00 e as 9h00 no aeroporto de Lisboa.

“O país não pode ficar dependente dos trabalhadores, naturalmente exercitando os seus direitos fundamentais, é evidente que o país não pode bloquear por que se entende convocar um plenário de trabalhadores na altura em que o país mais é procurado por visitantes de todo o mundo, que o querem conhecer”, disse Carneiro, em Lamego, à margem da comemoração do Dia do Bombeiro.

Ainda assim, o ministro disse que conta com os profissionais do SEF “que não concordam com aquilo que hoje foi feito”, ou seja, marcar um plenário para o momento que “se sabe que é a altura em que mais turistas chegam ao nosso país”.

José Luís Carneiro acrescentou que naquele período de tempo, chegam entre 3.500 e 4.000 passageiros ao país, e que mesmo com todas as boxes do aeroporto a funcionar – são 16 no total – “há uma exigência e uma procura muito forte”.

“Significa que se nessas horas houverem trabalhadores que bloqueiam a entrada de quem nos procuram, estão a contribuir para criar dificuldades acrescidas, incompreensíveis para o regular funcionamento do aeroporto”, sublinhou.

Já antes, o mesmo José Luís Carneiro tinha avançado que o Governo vai reforçar a integração dos agentes da PSP no apoio ao SEF, para garantir “uma resposta mais célere no encaminhamento para as boxes de serviço na primeira linha de apoio e entrada no país”.

Já foram formados 86 agentes da PSP e militares do GNR para serem integrados no SEF. Tal deve acontecer a partir do início de julho.

Neste âmbito, José Luís Carneiro adiantou que, durante esta semana, será apresentado "um plano de contingência que vai mobilizar vários meios".
"Vai mobilizar recursos humanos que vamos recrutar em várias estruturas de trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de todo o país, para reforçar o contingente disponível nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Açores e Madeira", explicou. .

Uma reunião de trabalhadores realizada, este domingo, por um dos três sindicatos do SEF, entre as 6h00 e as 9h00, provocou constrangimentos na área das chegadas do Aeroporto de Lisboa.

De acordo com estimativa da ANA Aeroportos, esta reunião de trabalhadores terá afetado mais de 4.500 passageiros.

Os passageiros de voos que chegaram de fora da europa e esperaram entre quatro a cinco horas no controlo dos passaportes.

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  • António Carvalho
    29 mai, 2022 Porto 21:30
    Uma árvore não faz uma floresta, um mão cheia de Inspectores do SEF do Aeroporto de Lisboa, NÃO representam 1000 Inspectores do SEF espalhadas do norte a sul, do interior ao litoral.
  • Jorge Ferreira
    29 mai, 2022 Aeroporto de Lisboa 21:03
    O sindicato que promoveu o plenário (SIIFF), representa menos de 10% dos Inspectores do SEF. O seu presidente, criou um "sindicato seu", que só tem expressão no Aeroporto de Lisboa (não houve plenários em qualquer outro Aeroporto porque não teriam qualquer adesão), por ter sido derrotado numas eleições do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização, representantes da quase totalidade dos Inspectores. O SIIFF segue uma agenda que não defende a classe, bem pelo contrário, por motivos que ninguém conhece. Os Inspectores do SEF estão presentes e actuantes em todo o país ( e não apenas no Aeroporto de Lisboa), em defesa dos Imigrantes e da Segurança Nacional, nas suas diversas vertentes, e não se limitam a uns poucos incendiários sem noção das suas responsabilidades. A esmagadora maioria não se revê nesta forma de actuação, e repudia estes comportamentos que em nada dignificam a Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF.

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