23 out, 2013 - 19:36
A União Africana mostra-se "particularmente preocupada" com o anúncio da Renamo de denunciar o acordo de paz assinado de 1992 e rejeita "qualquer tentativa para minar a estabilidade e os notáveis ganhos económicos alcançados".
A presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, está a "seguir atentamente os recentes desenvolvimentos em Moçambique e está particularmente preocupada com o anúncio feito pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) de se retirar dos acordos de paz de 1992 assinado com o Governo de Moçambique e sublinha a total rejeição de qualquer tentativa de minar a estabilidade e os notáveis ganhos económicos alcançados até à data", lê-se num comunicado.
De acordo com a mesma nota, a presidente da comissão sublinha a necessidade "de todas as partes envolvidas aderirem num espírito de restrição e diálogo para permitir a Moçambique continuar no seu notável caminho rumo ao desenvolvimento e ao crescimento, e continuar a consolidar as suas instituições democráticas, incluindo a realização pacífica e com sucesso das eleições previstas para Novembro deste ano".
O bispo auxiliar da arquidiocese de Maputo admitiu a disponibilidade de a Igreja servir de mediador no conflito moçambicano. Em entrevista à Renascença, D. João Carlos Nunes declara-se preocupado com os últimos desenvolvimentos, mas afasta o cenário de regresso à guerra.