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ADEXO

Associação de Doentes Obesos pede fim da discriminação no tratamento da obesidade

21 mai, 2022 - 09:10 • Fátima Casanova

Ppresidente da ADEXO apela, em entrevista à Renascença, à célere concretização de estudos sobre o impacto da pandemia na obesidade infantil.

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A Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO) pede o fim da discriminação no tratamento da obesidade.

Em declarações à Renascença, o presidente da ADEXO defende que é preciso apostar no tratamento dos doentes obesos. Carlos Oliveira apela, por isso, ao Ministério da Saúde que comparticipe os medicamentos para evitar que estes doentes venham a engrossar a lista de espera para cirurgia.

"Há medicamentos novos com muita eficácia que apareceram para tratar as pessoas, mas não são comparticipados, são muito caros, custam 200 e tal euros por mês, e as pessoas não conseguem tratar-se. Nós precisamos que estes medicamentos sejam comparticipados, para que as pessoas sejam tratadas todas da mesma maneira. Não faz sentido que as pessoas que têm indicação para cirurgia tenham tudo pago e que as pessoas que não têm indicação para cirurgia não tenham comparticipação absolutamente nenhuma", afirma.

Carlos Oliveira lamenta não haver dados sobre o impacto da pandemia da Covid-19 na obesidade infantil, numa altura em que Portugal até estava a estava a conseguir reduzir a percentagem de crianças com este problema. O presidente da ADEXO defende que é importante traçar um novo retrato da obesidade infantil em Portugal.

Era muito importante que as entidades oficiais fizessem este estudo rapidamente, para saber qual é a situação atual, se temos de intervir de outra maneira, se continuamos noutro caminho. A pandemia parou toda a gente, aumentou as dificuldades financeiras, aumentou as pessoas que só conseguiam chegar a comida menos saudável e isso tudo pode ter parado e regreddido", refere.

Os números mais recentes do Instituto Ricardo Jorge indicam que em 2019, 30% das crianças apresentavam excesso de peso, tendo Portugal alcançado uma redução de 8% no espaço de uma década.

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