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Ventura acusa Marcelo de "trair os portugueses"

25 abr, 2024 - 12:34 • João Carlos Malta , Eduardo Soares da Silva

O líder do Chega criticou fortemente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o discurso dos 50 anos de 25 de abril.Ventura pensa que a revolução deu liberdade ao país, mas tirou dignidade aos portugueses.

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André Ventura, presidente do Chega, acabou o discurso dos 50 anos de 25 de abril, esta quinta-feira na Assembleia da República, com um ataque cerrado a Marcelo Rebelo de Sousa que há dois dias defendeu a reparação às vítimas do colonialismo e da escravatura.

Você traiu os portugueses quando diz que temos de ser culpados pela nossa História e que temos de indemnizar outros países. Você foi eleito pelos portugueses, não foi pelos guineenses, pelos timorenses ou pelos brasileiros. Pagar o quê? A quem? Levámos mundos ao mundo inteiro. Há alma portuguesa em todo o mundo. Tenho orgulho na nossa história, amo-a. E o senhor também devia. Viva Portugal", disse Ventura.

O início do discurso de Ventura foi marcado pela palavra dignidade, que o líder do Chega acha que abril não trouxe. Anunciou que desistiu de trazer um discurso preparado após "ouvir o Presidente da República": "Opto por falar cara a cara com os portugueses".

Sem recurso a guião, Ventura diz que a revolução "deu-nos liberdade, mas foi-nos tirando dignidade".

E continuou a descrever o que, na opinião de Ventura, são os falhanços de abril. "Prometem que vem aí uma manhã melhor, mas deram-lhes uma noite ainda mais profunda. Os que estão a ver, mas tiveram de emigrar por causa da governação do PS e PSD. Falam da manhã mais bela da Europa, mas obrigou-os a sair da casa e da terra que amam".

Ventura divergiu depois para a Justiça para dizer que há uma parte que nunca a quis. "Não é Abril que tem de se cumprir, é Portugal que tem de se cumprir. Falo aos que sabem que tem de mudar em Abril".

E depois virou-se para desmontar aquilo que considera uma mentira. "Nunca pensem que Portugal é pobre, ficou foi porque porque a oligarquia que se instalou nunca abdicou de um euro por vocês. Está no dinheiro que circula entre Bruxelas e Portugal que está o dinheiro que podia aumentar salários, pensões e que saúde e educação funcionassem", atirou.

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