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OMS diz que surto de hepatite aguda é tema "muito urgente"

02 mai, 2022 - 15:13 • Liliana Monteiro , com redação

"Desconfiamos do adenovírus, mas é preciso recolher informação", afirma o diretor regional para emergências.

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A hepatite aguda em crianças levou a um conjunto de procedimentos e investigações “urgentes”, revela o diretor regional de emergência da OMS na Europa, Gerald Rockenschaub.

Durante uma visita a Portugal, o responsável da Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que decorrem investigações para identificar a causa da doença.

“Estamos a trabalhar muito de perto com o Reino Unido onde há registo de um maior número de casos. Estamos a fazer pesquisas para perceber o que está a provocar esta hepatite, cuja origem não é clara. Desconfiamos do adenovírus, mas é preciso recolher informação, investigar para adotar medidas próprias para evitar a disseminação", declarou Gerald Rockenschaub, à margem de um encontro com as autoridades de saúde portuguesas no Infarmed, em Lisboa.

Na sua maioria, os casos de hepatite atípica estão relacionados com crianças. O Reino Unido mantém-se como o país com maior número de casos. Nesta altura tem 60.

“Principalmente, crianças mais pequenas, algumas muito doentes e a necessitar de transplante. Estamos a fazer tudo para identificar a causa desta hepatite para tomarmos medidas”, sublinha o diretor regional de emergência da OMS na Europa.

Pelo menos uma criança morreu e em cerca de 10% dos casos foi preciso fazer um transplante de fígado.

O Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças já apelou às autoridades de saúde nacionais para efetuarem uma rápida vigilância dos casos de hepatite aguda em crianças, reconhecendo que as suas causas continuam por determinar.

A Direção-Geral da Saúde anunciou a criação de uma 'task force’ de “acompanhamento e atualização” do surto mundial de hepatite aguda em crianças.

Além da região europeia, foram também detetados casos nos Estados Unidos da América.

A delegação da OMS está em Portugal para refletir sobre a pandemia de Covid-19 e para realizar um exercício conjunto com outros países para o reforço dos mecanismos de resposta perante questões graves de saúde pública.

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