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Agentes agredidos em Lisboa e que tiveram alta hospitalar ouvidos pela PJ

20 mar, 2022 - 15:28 • Lusa

O agente ainda hospitalizado "encontra-se em coma induzido", estando "estável", embora o estado de saúde seja ainda "crítico".

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Os três agentes da PSP que tiveram sábado alta do hospital, após terem sido agredidos junto à discoteca Mome, em Lisboa, já prestaram declarações à PJ, que está a investigar o caso, disse à Lusa fonte ligada à PSP, este sábado.

Segundo a mesma fonte da PSP, os três agentes "já foram ouvidos em interrogatório pela Polícia Judiciária (PJ)", ajudando a investigação em curso desta polícia, numa altura em que um quarto agente violentamente agredido permanece em coma no Hospital de São José, em Lisboa.

A fonte indicou ainda que os agentes alvo de agressão atestaram que se identificaram como polícias ao intercederem numa desordem naquele local de diversão noturna e adiantou que a Marinha está a colaborar com a PJ na identificação de alguns dos suspeitos das agressões, por se tratarem de militares daquele ramo das Forças Armadas.

Entretanto, uma outra fonte da PSP referiu à agência Lusa que o agente ainda hospitalizado se "encontra em coma induzido", estando "estável", embora o estado de saúde seja ainda "crítico".

A investigação das violentas agressões no exterior da discoteca Mome está a cargo da PJ devido aos atos praticados poderem configurar a prática de crime de homicídio, na forma tentada.

Num comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu na madrugada desse dia, pelas 06h30, "no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na Avenida 24 de Julho", tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.

Segundo relatou a PSP, no local encontravam-se "quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal", acabando por ser agredidos "violentamente" por um dos grupos, formado por cerca de dez pessoas.

Durante a ação policial, um dos polícias foi "empurrado e caiu ao chão, onde continuou a ser agredido com diversos pontapés, enquanto os restantes polícias continuavam também a defender-se das agressões", adianta a PSP.

De acordo com a polícia, os agressores colocaram-se em fuga e não foi possível a sua identificação.

A PSP informou ainda que estavam em curso todas as diligências, em coordenação com a PJ, para a identificação dos autores das agressões.

"Salientamos que os polícias, apesar de não estarem em serviço, não deixaram de intervir, cumprindo com a sua condição policial, tentando manter a ordem pública a integridade física dos concidadãos que servimos", realçou a PSP.

A PSP disponibilizou acompanhamento psicológico através da sua Divisão de Psicologia, aos polícias agredidos e aos seus familiares.

A PSP apelou às pessoas que frequentam as áreas de diversão noturna para que adotem comportamentos ordeiros e que evitem confrontos e agressões, pois colocam em perigo a integridade física e a vida de terceiros.

Também no sábado, a ministra da Administração Interna (MAI), Francisca Van Dunem, manifestou "preocupação face à brutalidade e violência da agressão" contra os polícias, classificou tais atos de "intoleráveis" e prometeu um "rápido apuramento dos factos".

"Francisca Van Dunem manifesta a sua preocupação face à brutalidade e violência da agressão, totalmente intoleráveis e que justificam um rápido apuramento dos factos e a responsabilização dos seus autores", lia-se numa nota do Ministério da Administração Interna (MAI).

Na nota, a ministra exprimiu também a sua solidariedade para com os agentes agredidos, e com as suas famílias, e, em particular, para com o agente que se encontra hospitalizado.

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