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Agressões a polícias na noite. Dois fuzileiros estarão entre os suspeitos

20 mar, 2022 - 14:02 • Redação

Três dos agentes da PSP agredidos no sábado no exterior de uma discoteca em Lisboa tiveram alta, mas o quarto continua internado em estado de coma, disse hoje à Lusa fonte oficial da PSP.

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No segundo dia das investigações às agressões a quatro agentes da PSP, em Lisboa, a CNN Portugal adianta que entre os suspeitos estarão militares dos Fuzileiros, corpo militar de elite da Marinha.

Segundo o jornal Público, estarão em causa pelo menos dois militares do curso para primeiro marinheiro da Escola de Fuzileiros do Barreiro. Os suspeitos também praticam, alegadamente, boxe num ginásio de Sesimbra. O comandante e porta-voz da Marinha, José Sousa Luís, adianta que um comunicado será publicado sobre o assunto.

Uma outra linha de investigação em curso, avança o jornal, aponta que alguns suspeitos tenham cadastro e sejam conhecidos por fazerem segurança ilegal na noite da capital.

Ainda não decorreram detenções, avança fonte da Polícia Judiciária (PJ).

Segundo a fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, os três agentes tiveram alta no sábado, mas o quarto polícia mantém-se internado no Hospital São José, em Lisboa, em estado crítico.

Questionado se já foram identificados os agressores, a mesma fonte adiantou que a investigação está a cargo da Polícia Judiciária devido aos atos praticados poderem configurar a prática de crime de homicídio, na forma tentada.

Num comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu na madrugada de sábado, pelas 06:30, "no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na avenida 24 de Julho", tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.

Segundo relata a PSP, no local encontravam-se "quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal", acabando por ser agredidos "violentamente" por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas.

Durante a ação policial, um dos polícias foi "empurrado e caiu ao chão, onde continuou a ser agredido com diversos pontapés, enquanto os restantes polícias continuavam também a defender-se das agressões", adianta a PSP.

De acordo com a polícia, os agressores colocaram-se em fuga e não foi possível a sua identificação.

A PSP informa ainda que estão em curso todas as diligências, em coordenação com a PJ, para a identificação dos autores das agressões.

"Salientamos que os polícias, apesar de não estarem em serviço, não deixaram de intervir, cumprindo com a sua condição policial, tentando manter a ordem pública a integridade física dos concidadãos que servimos", realça a PSP.

Entretanto, a PSP disponibilizou acompanhamento psicológico através da sua Divisão de Psicologia, aos polícias agredidos e aos seus familiares.

A PSP apelou às pessoas que frequentam as áreas de diversão noturna que adotem comportamentos ordeiros e que evitem confrontos e agressões, pois colocam em perigo a integridade física e a vida de terceiros.

"Toda a família policial da PSP está solidária na luta pela vida, travada pelo nosso irmão de armas", conclui a nota policial.

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