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Julgamento de Duarte Lima adiado para dia 8 junho

07 mar, 2022 - 17:11 • Liliana Monteiro

Homicídio de Rosalina Ribeiro, companheira do milionário Tomé Feiteira, ocorreu no Brasil em 2009. Ministra da Justiça aceitou que Duarte Lima, principal suspeito, fosse julgado em Portugal. Sessão de julgamento estava marcada desde o ano passado.

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Desde outubro do ano passado que a sessão de julgamento de Duarte Lima, antigo deputado, estava marcada. Acusado do homicídio de Rosalina Ribeiro, companheira do milionário português Tomé Feiteira, morta em dezembro 2009, viu a Justiça aceitar que o caso fosse julgado em Portugal e não no Brasil onde os factos do processo aconteceram.

Treze anos depois da morte de Rosalina Ribeiro ainda não foi esta quarta-feira que o caso chegou a julgamento, já que a primeira sessão foi adiada para o dia 8 de junho, às 14h00, no Juízo Central Criminal de Sintra, área de residência do arguido.

Alegando que, tanto o arguido como a vitima, viviam em Portugal e tinham na altura dos factos nacionalidade portuguesa, a justiça decidiu em abril de 2021 ser possível e legal realizar o julgamento no nosso país.

Sublinhou-se mesmo que, desde que foi deduzida a acusação do processo, o arguido nunca esteve presente no Brasil nem se apresentou às autoridades daquele país. O Ministério Público por seu lado adiantou que existem meios técnicos para ouvir testemunhas, com excelente qualidade, pelo que a distância não seria um problema.

A vítima teria transferido para as contas do advogado mais de cinco milhões de euros para evitar arrestos dos outros herdeiros. Duarte Lima terá pedido depois a Rosalina que assinasse uma declaração a isentá-lo da devolução deste dinheiro.

O processo do homicídio qualificado de Rosalina Ribeiro foi enviado do Brasil para ser julgado em Portugal, no âmbito da cooperação judiciária.

A defesa de Duarte Lima considera que tendo os factos do processo ocorrido no Brasil era lá que o caso devia ser julgado alegando que a maioria das testemunhas se encontra do lado de lá do oceano, além de que seria importante efetuar-se a deslocação ao cenário do crime em Maricá, perto do Rio de Janeiro.

Rosalina Ribeiro morreu a 7 de dezembro de 2009, altura em que Duarte Lima era advogado da vítima num processo de herança de Tomé Feteira. A vitima foi morta a tiro e encontrada abandonada numa estrada secundária a cem quilómetros da cidade do Rio de Janeiro. O caso chegou a Portugal em outubro de 2020.

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