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44 refugiados ucranianos chegam a Braga. Muitos deixaram tudo para trás

07 mar, 2022 - 08:32 • Inês Rocha com redação

A cidade recebe 16 famílias de ucranianos que fogem da guerra. Muitas chegam sem documentos e sem malas. "A única coisa que trazem na bagagem é alguma comida".

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Chegaram esta madrugada a Braga 44 ucranianos, dos quais 23 crianças, que viajaram de autocarro desde a Polónia.

Por agora, vão ficar alojados numa unidade hoteleira da cidade. Segundo o responsável da da Proteção Civil de Braga, são pessoas que deixaram tudo para trás.

"Percebemos quem veio connosco foram aquelas pessoas que não conseguiram trazer nada com eles, a única coisa que trazem na bagagem é alguma comida. Muitos nem roupa trouxeram", disse Mário Boarqueiro.

Nos próximos dias, as 16 famílias vão ser encaminhadas, muitas para outros pontos do país, como explicou o presidente da autarquia.

"Temos sinalizadas algumas famílias de acolhimento de parentes de cidadãos que foram transportados, que estão noutros locais fora de Braga, alguns deles também em Braga. Assim que tenhamos o processo formal ultrapassado, iremos encaminhá-los e acompanhá-los até esses destinos, vão desde Algarve, a Lisboa, Chaves. Há outros que vão ser integrados em Braga, nas múltiplas iniciativas que foram disponibilizadas, quer por particulares, quer por empresas".

O autarca adiantou que vai ser prestado apoio social e psicológico. Mas também vão ter também "apoio imediato" para aprendizagem da língua portuguesa e da educação.

Está também a ser trabalhada a vertente do emprego, havendo já "várias ofertas" de empresas e instituições, uma das quais do Sporting Clube de Braga.

Paralelamente, e ainda segundo Ricardo Rio, vai ser lançada uma campanha de apadrinhamento, para que empresas, instituições ou particulares assumam uma responsabilidade direta e um apoio mais efetivo a cada um dos refugiados.

Na quinta-feira, partiu de Braga um autocarro com destino à Breslávia (Wroclaw), na Polónia, para recolher refugiados ucranianos e os levar para aquela cidade minhota.

No autocarro, carregado de alimentos, agasalhos e medicamentos, seguiram também uma médica, uma enfermeira e um elemento da Proteção Civil, além de um ucraniano radicado na região de Braga que serve de tradutor e de uma cidadã portuguesa que está desde a primeira hora ligada a esta missão.

Foram 2.850 quilómetros para cada lado, numa viagem que, ida e volta, demorou cerca de 80 horas e que é conduzida por quatro motoristas, para que se faça "praticamente sem parar".

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