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Diretor nacional da PSP contra cativação de 26 milhões de euros dos Serviços Sociais

02 mar, 2022 - 21:03 • Lusa

O diretor nacional da PSP defendeu uma aposta no apoio social aos polícias, nomeadamente nos jovens polícias que estão a iniciar a sua carreira.

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O diretor nacional da PSP, Magina da Silva, insurgiu-se contra a cativação de 26 milhões de euros dos Serviços Sociais da Polícia, pedindo acesso a esses fundos para colocar em marcha projetos de apoio social para os polícias.

Em causa estão os "saldos transitados" dos Serviços Sociais que, segundo Magina da Silva, já vão em 26 milhões de euros.

"É dinheiro de todos nós, mas que foi de certa forma cativado e que os Serviços Sociais não podem usar dentro da sua autonomia financeira que têm. Ou seja, temos dinheiro que é nosso, que tem que ser exclusivamente usado no apoio social aos polícias, mas pasme-se, não lhe podemos tocar sem autorização", referiu o mesmo responsável.

Magina da Silva falava em Aveiro, durante as comemorações do 135.º aniversário do Comando Distrital da PSP, a primeira cerimónia deste género a ter lugar após o início da pandemia de covid-19.

No seu discurso, o diretor nacional da PSP defendeu uma aposta no apoio social aos polícias, nomeadamente nos jovens polícias que estão a iniciar a sua carreira.

Nesse sentido, a PSP vai avançar com a construção de um campus policial em Lisboa com capacidade para pelo menos mil camas, uma obra que está inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência.

Outro dos objetivos passa pela construção de uma creche para os polícias que trabalham por turnos e várias instalações de bem-estar social para os polícias que irão viver no campus policial.

No entanto, Magina da Silva diz que para isso é preciso dinheiro e defende que "não poderá haver limite de acesso" às verbas dos Serviços Sociais da PSP que estão cativas.

Na mesma sessão a comandante da PSP de Aveiro, Virgínia Cruz, alertou para a falta de recursos humanos no Comando Distrital, um problema que se tem vindo a sentir particularmente na carreira de Chefe e em algumas categorias de Oficial.

"Temos subunidades sem adjuntos, subunidades sem qualquer supervisor operacional, serviços sem qualquer chefe na sua estrutura orgânica e, quanto aos comissários, alguns chefiam em acumulação três núcleos, chegando a acumular cinco ou seis em períodos de ausências. Os dois subcomissários de que o Comando dispõe, acumulam o comando de duas esquadras e, em Aveiro, também de núcleos da Área de Apoio", referiu a mesma responsável.

Por último, apelou ainda à ajuda do diretor nacional do PSP para ver concretizados, a curto prazo, os projetos de construção da nova Esquadra de Ovar e a remodelação da Esquadra de São João da Madeira.

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