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Chega pede que MP investigue pressões alegadas por Constança Urbano de Sousa

28 mar, 2022 - 21:34 • Lusa

O Chega pediu hoje ao Ministério Público para investigar as pressões alegadas por Constança Urbano de Sousa, que disse ter desistido de uma proposta de alteração à Lei da Nacionalidade após ter sido pressionada "ao mais alto nível".

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Em comunicado, o grupo parlamentar do Chega "exige que o Ministério Público investigue as pressões sofridas por Constança Urbano de Sousa", considerando que as acusações da deputada e vice-presidente da bancada do PS "revestem-se de extrema gravidade". .

No entender do partido, são "pressões graves, ilegítimas e injustas sobre uma deputada, ou seja, sobre o legislador, colocando em causa a independência que se exige a quem legisla". .

"O Partido Chega faz um apelo ao Ministério Público para que investigue as referidas pressões sofridas por Constança Urbano de Sousa, que apure todos os factos", lê-se no comunicado. .

A deputada e vice-presidente da bancada do PS que em 2020 disse hoje ter desistido de alterar a lei que abrange os descendentes dos judeus sefarditas por causa da onda de contestação e que sofreu pressões de figuras do PS.

Numa entrevista ao jornal Público, Constança Urbano de Sousa, que em 2020 procurou alterar a "lei do retorno" dos descendentes de judeus sefarditas, apontou o dedo a figuras como Manuel Alegre e Maria de Belém e insistiu que, na altura, alertou para a "comercialização" da nacionalidade portuguesa.

"Devido a pressões ao mais alto nível, acabei por recuar duas vezes. Primeiro, deixei cair a exigência de dois anos de residência, substituindo este requisito por uma qualquer conexão relevante a Portugal, que seria depois regulamentada, mas fui também obrigada a desistir desta proposta", afirmou na entrevista.

Em declarações à agência Lusa, o histórico socialista Manuel Alegre rejeitou qualquer tipo de pressão sobre a deputada, afirmando que apenas expressou a sua opinião. .

"Não sei o que é que ela quer dizer com forma de pressão. Ora, exprimir o nosso ponto de vista através de textos assinados coletivamente não é uma forma de pressão, é uma forma de exprimir uma opinião. E, aliás, quem é que seria pressionável ao mais alto nível? Quem é que ela pretende atingir?", inquiriu Manuel Alegre. .

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