Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Notícia Renascença

Libertado jovem que planeou ataque a faculdade de Lisboa

16 nov, 2023 - 16:59 • Anabela Góis

Estudante da Faculdade de Ciências foi condenado por posse de arma proibida a dois anos e nove meses de prisão, mas beneficiou da amnistia aprovada por ocasião da Jornada Mundial de Juventude.

A+ / A-
Libertado jovem suspeito de planear ataque em faculdade de Lisboa, diz advogado Jorge Pracana
Libertado jovem suspeito de planear ataque em faculdade de Lisboa, diz advogado Jorge Pracana

Foi libertado o jovem suspeito de planear um ataque na Faculdade de Ciências de Lisboa, avançou à Renascença o advogado Jorge Pracana.

João Carreira foi condenado por posse de arma proibida a dois anos e nove meses de prisão, mas beneficiou da amnistia aprovada por ocasião da Jornada Mundial de Juventude (JMJ).

“Ele saiu de acordo com a decisão judicial resultado do próprio benefício do perdão de pena de um ano que resultou da amnistia na sequência da Jornada Mundial da Juventude e da visita do Papa a Portugal e saiu a semana passada. Está em casa”, disse à Renascença o advogado Jorge Pracana.

O jovem vai continuar a ter acompanhamento médico e o advogado acredita na reintegração após o período de reclusão no Hospital-Prisão de Caxias.

“A doença que não era conhecida passou a ser e exige cuidados médicos. Ele é um jovem com aquelas características, mas normal e há de, com certeza, continuar a estudar, a desenvolver-se e espero que seja um miúdo completo e feliz daqui para a frente”, sublinha Jorge Pracana.

O jovem, que na altura tinha 18 anos, foi detido a 10 de fevereiro de 2022, na sequência de uma operação da Polícia Judiciária, que tinha sido alertada pelas autoridades norte-americanas.

Em 20 de dezembro do ano passado, o Tribunal Criminal de Lisboa condenou o estudante acusado de planear um ataque terrorista à Faculdade de Ciências de Lisboa apenas por detenção de arma proibida a uma pena efetiva de dois anos e nove meses de prisão, com a condição de a pena ser cumprida em estabelecimento prisional para inimputáveis.

Na altura, apesar de a condenação ser inferior a cinco anos de prisão e admitir, por isso, aplicação de pena suspensa, o tribunal entendeu que "nem a comunidade estava preparada para receber o arguido de volta", nem João Carreira "estava pronto para voltar a uma vida fora" da prisão, pelo que a avaliação da situação levou o coletivo de juízes a não suspender a pena, tornando-a efetiva.

Quanto à acusação que imputava ao jovem (à data com 19 anos) um crime de terrorismo na forma tentada, o juiz considerou que isso se revelou "estranho" porque o arguido foi encontrado em casa onde estavam as armas que alegadamente pretendia utilizar, não dando como verificado os pressupostos do ilícito em causa.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+