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"Ambiente em Zonas Uraníferas"

​Prospeção de lítio. Associação promete lutar “ainda com mais força”

02 fev, 2022 - 16:39 • Cristina Nascimento

Associação Ambiente em Zonas Uraníferas considera que o Governo sofreu uma derrota neste tema, depois de ter retirado as áreas de Arga e Segura da lista de locais onde será permitido fazer prospeção de lítio.

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A associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU) promete lutar ainda com mais força até que o Governo recue na decisão de autorizar a prospeção de lítio em seis zonas do país.

Em declarações à Renascença, o presidente da AZU, António Minhoto garante que a decisão conhecida esta quarta-feira dá-lhes “ainda mais força”, inspirados no recuo do Governo que tirou as áreas de Arga e Segura da lista de locais onde será permitido fazer prospeção de lítio.

“O Governo perdeu, perdeu porque as populações lutaram e mostraram, e só a partir dai é que o Governo percebeu, ao fim de várias lutas que estas populações usaram, o que estava em causa, o impacto que tinha naquelas zonas, nos lugares de rede natura, em que o Governo pretendia a todo o custo implementar a exploração de lítio”, diz António Minhoto.

Para continuar esta luta, a AZU já tem ações de protesto marcadas para março, na região de Viseu.

“As populações não vão mudar, os autarcas não vão mudar”, assegura. Minhoto lembra que Viseu é “uma das regiões que vai ser fustigada com a prospeção de lítio, Mangualde, Viseu, Nelas, Sátão, Penalva, regiões do interior que vivem da agricultura, do turismo, do ecoturismo”.

“Também aqui a intenção do Governo de prospeção e exploração vai ter de cair”, argumenta.

No rescaldo das eleições, António Minhoto considera ainda que as decisões sobre a prospeção de lítio contrariam o que António Costa disse no passado domingo.

“O Governo tristemente que diz que esta maioria não reflete poder absoluto, mas parece que sim”, argumenta, lamentando que esta questão da prospeção de lítio não foi debatida durante a campanha.

“O PS calou-se a esta discussão e vem agora, depois das populações se manifestarem, depois de os autarcas dizerem que não concordam, vem agora com esta decisão de querer avançar com a prospeção”, remata.

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