15 ago, 2013 - 10:17
Isabel dos Santos desmente as alegações de enriquecimento ilegítimo veiculadas pela revista norte-americana “Forbes” e acusou um dos co-autores do artigo, Rafael Marques, de activismo político.
"As alegações que um activista político angolano publica na revista sobre Isabel dos Santos são completamente falsas", afirmou à “Forbes” fonte oficial de Isabel dos Santos, num comunicado também enviado para a Agência Lusa.
A fortuna de Isabel dos Santos advém de ficar com uma fatia de uma empresa que quer estabelecer-se em Angola ou de uma assinatura presidencial do pai, refere o trabalho de investigação. "Todos os grandes investimentos angolanos detidos por [Isabel] dos Santos vêm ou de ficar com uma parte de uma empresa que quer fazer negócios no país ou de um assinatura presidencial que a inclui na acção", refere o artigo disponibilizado no site da revista e integra a edição em papel de 2 de Setembro.
Fonte oficial de Isabel dos Santos garantiu no comunicado mencionado que "nunca o Presidente nem o governo angolanos transferiram ilegalmente acções de empresas para Isabel dos Santos ou para quaisquer empresas controladas por esta empresária".
Acrescentou ainda que "Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses".
O comunicado assegura também que os "investimentos em empresas angolanas e/ou portuguesas são transparentes e têm sido realizados através de transacções baseadas no princípio de plena concorrência, envolvendo entidades externas, tais como reputados bancos e escritórios de advogados".
O artigo, assinado pelo jornalista e activista angolano Rafael Marques e por Kerry A. Dolan, uma das coordenadoras da lista anual dos Bilionários, concede que já foi notícia o facto de Isabel dos Santos ser a primeira mulher bilionária em África, mas nesta edição argumenta que "a verdadeira história é como ela adquiriu a riqueza".