A+ / A-

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto encerra edifício ocupado por estudantes pró-Palestina

17 mai, 2024 - 04:36 • Lusa

A Faculdade de Ciências da Universidade do Porto encerrou esta sexta-feira o edifício onde funciona o Departamento de Ciência de Computadores, habitualmente aberto 24 horas, após ter sido ocupado por estudantes em solidariedade com a Palestina.

A+ / A-

Um grupo de mais de 50 estudantes e ativistas ocuparam na quinta-feira à noite, cerca das 22:30, o Departamento de Ciência de Computadores, tendo, pouco tempo depois, sido informados que não poderiam permanecer no interior decidindo, então, concentrar-se no exterior daquele edifício.

Contudo, às 00h13, os seguranças fecharam "por indicações superiores" as portas daquele departamento, onde no interior se encontravam mais de 10 alunos a estudar que tiveram de abandonar o espaço, constatou a Lusa no local.

À porta, aqueles estudantes contestaram e lamentaram a decisão por terem ficado privados do local de estudo, criticando e acusando os manifestantes pelo sucedido.

Mais de 50 estudantes e ativistas de movimentos da sociedade civil estão, desde quinta-feira à noite, concentrados à porta do Departamento de Ciência de Computadores em solidariedade com o povo palestiniano.

Os manifestantes exigem que a Universidade do Porto "rompa imediatamente todas as relações que mantém com instituições e empresas israelitas e que condene oficialmente o atual genocídio na Palestina".

A ação faz parte da luta internacional de protesto estudantil que se iniciou em universidades norte-americanas e já se estendeu a instituições de ensino superior em várias cidades europeias, do Canadá, México e até Austrália, a exigir o fim da ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de sete de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou acima de 35 mil mortes, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o enclave numa situação de grave crise humanitária.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+