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Ordem dos Médicos

"Vacinas são um marco na viragem no combate à pandemia", mas é preciso estratégia

28 dez, 2021 - 11:19 • Lusa

Miguel Guimarães alerta que continua por concretizar a transparência dos dados e defende que é importante "saber o que está a acontecer, nomeadamente o perfil dos internados e das mortes no que ao esquema vacinal e morbilidades associadas diz respeito".

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A Ordem dos Médicos (OM) reafirmou esta terça-feira a importância da vacinação contra a Covid-19, defendendo ser crucial manter o foco neste processo, com uma "estratégia bem definida" e meios suficientes para a sua operacionalização.

Fazendo um balanço de um ano de vacinação em Portugal, o bastonário citado em comunicado, recorda os "vários problemas" no arranque inicial do processo, mas destaca o sucesso "inegável" das vacinas.

A vacinação arrancou há um ano em Portugal, com a primeira dose a ser simbolicamente administrada ao infeciologista António Sarmento, diretor de serviço de doenças infeciosas do Hospital de São João, no Porto, e membro do Gabinete de Crise Covid-19 da OM.

A Ordem dos Médicos refere que "depois de vários problemas no arranque inicial", nomeadamente por não se ter logo começado a vacinar por idade e em grandes centros de vacinação, como tinha recomendado, "o processo acabou por ser alterado, com o almirante Gouveia e Melo a concretizar a missão com sucesso".

"Passado um ano, não recuperámos ainda a vida que gostaríamos, mas é inegável que as vacinas são um sucesso e um marco na viragem no combate à pandemia. Estamos a conseguir reduzir o número de casos graves e com desfecho fatal que, no fundo, é o principal objetivo", salienta o bastonário e coordenador do Gabinete de Crise.

Mas, alerta Miguel Guimarães, "este vírus também nos ensinou que não podemos dar nada como garantido, pelo que é crucial manter o foco no processo de vacinação, dotando-o de uma estratégia bem definida e de meios suficientes para a sua operacionalização".

Para Miguel Guimarães, "perder a confiança da população nesta fase, é abdicar de dois anos de grandes sacrifícios pessoais com consequências imprevisíveis, pelo que importa evitar a todo o custo episódios de comunicação errática ou de falta de resposta dos serviços".

Por outro lado, salienta, continua por concretizar a transparência dos dados.

"Importa saber o que está a acontecer, nomeadamente o perfil dos internados e das mortes no que ao esquema vacinal e morbilidades associadas diz respeito", reforça Miguel Guimarães.

Atualmente, quase 8,7 milhões de pessoas já têm a vacinação completa, mais de 2,3 milhões já tomaram a dose de reforço e cerca de 95 mil crianças foram vacinadas com a primeira dose da versão pediátrica da vacina da Pfizer, segundo dados das autoridades de saúde.

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