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Ómicron. António Costa admite uma quarta dose da vacina contra a Covid

16 dez, 2021 - 09:53 • Cristina Nascimento , Vasco Gandra (correspondente em Bruxelas)

Primeiro-ministro antevê também necessidade de "manter medidas de controlo das fronteiras" para lá de 9 de janeiro.

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O primeiro-ministro admite a necessidade de uma quarta dose da vacina contra a Covid-19, na primavera.

"Está neste momento a decorrer uma nova compra de uma vacina adaptada já à Ómicron, que só estará disponível depois da primavera", explicou António Costa, adiantando que a ideia é ter tudo pronto para o caso de vir a ser precisa "uma quarta dose de reforço - se ela vier a ser necessária -, como infelizmente parece acho que é de prever que virá acontecer".

Nesta declarações aos jornalistas em Bruxelas, à entrada para o Conselho Europeu, o governante admitiu também que será necessário prolongar as medidas de controlo das fronteiras, devido à nova variante Ómicron.

"Se é possível antecipar o que vai ser a evolução...devemos prever que a partir de 9 de janeiro vamos ter de manter as medidas de controlo das fronteiras", disse António Costa. Em causa, está a necessidade de apresentação de um teste negativo, à entrada em Portugal, mesmo que a pessoa esteja vacinada.

“Esta variante [Ómicron] está a difundir-se muito intensamente na Europa, e também em Portugal, e não vamos poder desarmar, vamos ter que manter ou mesmo reforçar, se for necessário”, referiu ainda.

O primeiro-ministro defendeu também que tem que estar preparado “para adotar qualquer medida que venha a ser necessária”, com a rapidez necessária para aumentar a prevenção de um risco de escalada na Covid-19.

Costa disse ainda esperar que a semana entre 2 e 09 de janeiro “seja mesmo de contenção”, apelando à cautela e compreensão dos portugueses.

“Estamos perto do Natal, as famílias vão reunir-se e reafirmo aqui o apelo que tenho feito para que, antes de se reunirem, façam pelo menos um autoteste”, referiu ainda.

Portugal ultrapassou esta semana os 23 milhões de testes à Covid-19 realizados desde o início da pandemia, revelou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.698 pessoas e foram contabilizados 1.205.993 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A Covid-19 é uma doença respiratória provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal, com 69 casos.

[notícia atualizada às 10h33]

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  • FIlipe
    16 dez, 2021 évora 23:07
    E " Deus não joga aos dados " , qualquer dia bebe-se vacina como vinho tinto . E , vai chegar o dia que a vacina serve para combater a vacina anterior ... o sistema imunitário não lhe fica indiferente e a considera inimiga número um . Chegamos à era dos updates como se um programa de PC fosse o ser humano , cuidado .
  • Maria Oliveira
    16 dez, 2021 Lisboa 11:35
    Tomamos doses a mais e África não tem sequer a primeira dose. Apenas 11% da população africana está vacinada. A Europa fala de solidariedade, proclama grandes princípios, que se esgotam em mera retórica.

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