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Caso EDP

Manuel Pinho detido? Perigo de fuga foi levado mais a sério, reconhece João Paulo Batalha

14 dez, 2021 - 21:04 • Fábio Monteiro

Apesar de surpreendido com a detenção do ex-ministro da Economia, o antigo presidente da Transparência e Integridade não relaciona a fuga de João Rendeiro com a decisão de manter Manuel Pinho sob detenção. Mas reconhece que o embaraço com o caso do ex-presidente do BPP é um sinal de que o perigo de fuga é levado mais a sério.

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A detenção de Manuel Pinho apanhou João Paulo Batalha de surpresa.

Em declarações à Renascença, o antigo presidente da Associação Transparência e Integridade evita fazer uma ligação direta entre a fuga de João Rendeiro e a detenção, esta terça-feira, do antigo ministro da Economia.

“Acho natural nós relacionarmos as coisas, até porque acontecem no mesmo horizonte temporal”, declara João Paulo Batalha, ao mesmo tempo que exprime surpresa, “porque é uma investigação que se arrasta há bastantes anos, mas isto sinaliza que há dados novos e que a investigação está prosseguir e esses dados novos obrigam os investigadores e o Ministério Público a reavaliar os riscos de fuga de dois arguidos que não têm residência em Portugal e a continuação da atividade criminosa”.

O antigo presidente da secção portuguesa da Transparência e Integridade considera “positivo” que as investigações estejam a prosseguir.

“Se isso significar que estamos mais perto do fim das investigações e de uma eventual acusação, ainda mais positivo é, porque estamos a assistir a esta investigação há muito tempo e é util para o bom funcionamento da justiça que essas coisas avancem”, acrescenta.

Perigo de fuga encarado mais a sério

Na opinião de João Paulo Batalha, o embaraço motivado pela fuga de João Rendeiro faz com que o perigo de fuga tenha sido considerado como uma hipótese séria pela justiça portuguesa no caso de Manuel Pinho.

Em causa, diz, “os dados que têm sido adicionados à investigação” que demonstram “de uma forma mais clara, o catálogo de crimes de que Manuel Pinho é suspeito e, portanto, dá uma noção mais clara da gravidade da conduta e, por outro lado, o facto de ele ser residente nos EUA torna mais necessário avaliar estes riscos de fuga”.

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