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Vacinação de crianças contra a Covid-19. O que sabemos até agora?

09 dez, 2021 - 10:00 • Miguel Coelho

A recomendação da DGS chegou na terça-feira e o primeiro-ministro já disse que as crianças de 11 anos deverão ser as primeiras a ser vacinadas. Mas o que sabemos mais?

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A Direção-Geral da Saúde recomenda a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos contra a Covid-19.

Qual será o calendário da vacinação?

Só na sexta-feira será apresentado o plano de vacinação para esta faixa etária. Está prevista uma conferência de imprensa para anunciar os detalhes, que estão a ser ultimados pela equipa agora coordenada pelo Coronel Carlos Penha Gonçalves, embora já hoje possam surgir pormenores, dado que a ministra da Saúde vai ao Parlamento.

Quando começará a vacinação?

Não se sabe ainda o dia exato, até porque é preciso articular esse processo com o reforço da vacinação que está a ser dado à população acima dos 65 anos e aos maiores de 50 que receberam a vacina unidose da Janssen.

O que se sabe é que deve começar pelas crianças que tenham doenças consideradas de risco para a Covid-19 e pelas mais velhas – ou seja, primeiro deverão ser chamadas as de 11 anos e depois, de forma progressiva, as restantes, até aos cinco anos.

Mais certa é a data de início do processo na Madeira: quarta-feira, dia 15.

Quantas crianças são elegíveis?

São cerca de 638 mil as crianças elegíveis para vacinação. Até agora, o Governo encomendou 700 mil vacinas pediátricas, que devem chegar até final de janeiro. As primeiras chegam já na próxima segunda-feira, dia 13.

E também vão ser duas doses, como nos adultos?

Sim, duas doses. A vacina aprovada é a da Pfizer, mas numa versão pediátrica: a dosagem é um terço da utilizada na vacinação de adultos e jovens a partir dos 12 anos.

O intervalo entre as duas doses deverá ser de três semanas – é essa a recomendação da Agência Europeia do Medicamento (EMA).

Contudo, em Espanha, por exemplo, vai ser diferente, porque as autoridades de saúde decidiram dar as duas doses com um intervalo de oito semanas.

Muitos pais continuam com reservas. Há garantias de segurança?

Nestas questões, é impossível ter garantias absolutas. O que as autoridades de saúde asseguram é que os riscos da vacina são muito baixos e inferiores aos riscos de contrair Covid-19.

E sublinham que, apesar de a doença causar poucos casos graves em crianças, eles também existem e até óbitos.

A vacinação das crianças também é considerada importante para evitar os surtos em escolas, que estão a manter milhares de alunos em casa e, dessa forma, a prejudicar a aprendizagem e a sociabilização.

A vacinação infantil é igualmente vista como fundamental para travar contágios ao resto da população, porque as crianças são a faixa etária que regista maior incidência de Covid-19.

Voltando à segurança da vacina, um dado que pode ser tranquilizador é o facto de vários países terem já em curso esta vacinação e, até agora, os efeitos adversos descritos são geralmente ligeiros e transitórios.

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