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Combate à pobreza energética junta universidades de três países

04 nov, 2021 - 19:24 • Isabel Pacheco

Os destinatários são os bairros sociais de Portugal e Espanha e França.

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Um projeto europeu quer reduzir a 0% o consumo de energia das habitações sociais. É o objetivo da ARCAS - Arquitetura para o Clima, uma ferramenta digital que está a ser desenvolvida por cinco parceiros europeus, entre eles, a Universidade do Minho.

Os destinatários são os bairros sociais de Portugal e Espanha e França.

A ferramenta digital ARCAS - Arquitetura para o Clima quer ser, sobretudo, um instrumento de combate à “pobreza energética”, destaca Manuela Almeida, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

“Quando propomos soluções de reabilitação não temos em conta a situação económica das famílias. São as tais questões da pobreza energética”, explica a investigadora. Neste projeto as “questões particulares” são consideradas. “Caso contrário, seria mais do mesmo”, remata.

Ajudar a poupar mais energia e a melhorar a qualidade do ar são dois dos propósitos do modelo em desenvolvimento a aplicar no sudoeste europeu. Região, esclarece o coordenador do projeto, Arturo Gutiérrez de Terán, da Fundação de Estudos sobre a Qualidade da Edificação das Astúrias (FECEA), com “construções sociais e clima semelhantes”.

“Descobrimos que desde o Porto, toda a Cornija Cantábrica ao Sudoeste de França temos um clima semelhante. A partir deste dado reunimos três universidades, uma em França, La Rochelle, outra aqui, a Universidade do Minho e em Espanha a Universidade o País Basco”, conta o especialista.

O objetivo da parceria europeia, explica o responsável, é reduzir “o consumo de energia da vida dos edifícios” que na Europa é “muito elevado, de 40%”, alerta.

“Onde está o problema mais difícil? No que já está edificado. O nosso projeto refere-se a isto: à reabilitação energética de edifícios, mas de habitações sociais”.

Integrado nas políticas da União Europeia no combate à pobreza energética, o projeto ARCAS, previsto para 2023, reúne universidades de Espanha, França e Portugal, a Fundação de Estudos sobre a Qualidade da Edificação das Astúrias, o Governo de Cantábria e conta com 1,3 milhões de euros do Programa Interreg Sudoe/FEDER.

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