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Médicos vão refletir sobre datas da greve após chumbo do OE 2022

27 out, 2021 - 23:52 • João Malheiro

Jorge Roque da Cunha considerou que o OE era "muito mau" e que se tratava de "mais propaganda do que realidade". Num cenário de eleições antecipadas, espera "que nem Governo, nem oposição usem os médicos como armas de arremesso eleitoral".

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O Sindicato Independente dos Médicos mantém, por agora, a greve marcada para 23, 24 e 25 de novembro, mas vai reunir para refletir sobre um adiamento ou cancelamento, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

"Naturalmente, que o que vai acontecer vai merecer uma reflexão. Os nossos orgãos em breve vão tomar uma decisão sobre a melhor forma de lutar por um melhor investimento no SNS", explica, à Renascença, o presidente do sindicato, Jorge Roque da Cunha

Sobre o OE2022, o sindicalista considerou que se tratava de um documento "muito mau" e que era "mais propaganda do que realidade".

"Respeitamos a decisão do Parlamento. Este OE não respondia à necessidade de investimento no SNS. Não estava previsto qualquer aspeto de melhoria nas grelhas salariais dos médicos, que são a grande causa para falta de profissionais", apontou.

Num cenário de eleições antecipadas, Jorque Roque da Cunha espera "que nem Governo, nem oposição usem os médicos como armas de arremesso eleitoral".

"Esperemos que as nossas atitudes não sejam encaradas como uma interferência no processo eleitoral", disse ainda.

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  • J M
    28 out, 2021 Seixal 17:43
    Os médicos agora não querem servir de arma de arremesso eleitoral? Puseram-se a jeito sob as ordens do sindicalista Guimarães, foram dezenas a demitirem-se das suas funções, mais por motivos políticos que devido às condições de trabalho, ou as condições de trabalho apenas se deterioraram quando estava para se aprovado o orçamento do estado. Agora já não necessitam de fazer greve para melhorar essas mesmas condições?

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