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Iraquianos detidos em Portugal por ligação ao Daesh em prisão preventiva

02 set, 2021 - 23:39 • Lusa

Os dois homens foram detidos na Grande Lisboa e são suspeitos de terem integrado as milícias do estado islâmico em Mossul, antiga capital do Estado Islâmico (EI), no Iraque.

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Os dois suspeitos iraquianos detidos pela Polícia Judiciária na região de Lisboa por suspeita de pertencerem ao movimento jihadista Daesh vão ficar em prisão preventiva por decisão do juiz de instrução criminal, disse fonte policial, esta quinta-feira.

Os dois homens, de 32 e 34 anos, foram detidos na quarta-feira por suspeitas de ligações ao grupo terrorista Daesh e estavam a ser monitorizados e vigiados pela PJ desde em 2017, segundo adiantou outra fonte policial à Lusa.

Os dois homens foram detidos na Grande Lisboa e são suspeitos de terem integrado as milícias do estado islâmico em Mossul, antiga capital do Estado Islâmico (EI) no Iraque.

Segundo fonte ligada à investigação, no âmbito da cooperação judiciária internacional, estes dois suspeitos terão estado em Mossul em 2016 e os elementos recolhidos indicam que pertenciam às fileiras das milícias do Daesh.

Os dois homens, que viviam na mesma habitação na região de Lisboa, ficaram inicialmente detidos no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária, antes de ser interrogados para aplicação das medidas de coação.

Em comunicado, a PJ informou que em causa estão indícios da prática dos crimes de adesão e apoio a organização terrorista internacional, terrorismo internacional, e crimes contra a humanidade.

“As provas recolhidas indiciam que estes dois indivíduos assumiram distintas posições na estrutura do ISIS / Daesh, sendo os mesmos igualmente objeto de investigação por parte das competentes autoridades judiciárias iraquianas”, refere a nota da Polícia Judiciária, sublinhando não existirem por agora indícios de que os crimes que são imputados aos dois indivíduos tivessem sido cometidos em Portugal.

A operação foi conduzida pela Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT) da PJ, chefiada por Manuela Santos, e contou também com a colaboração do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e, a nível internacional, com o apoio de autoridades judiciárias iraquianas, através da UNITAD-ONU.

Nas detenções e buscas estiveram ainda a magistrada do Ministério Público titular do inquérito e elementos da investigação criminal e peritos da Unidade de Perícia Tecnológica Informática (UPTI) da PJ.
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